Monografias dos discentes do Campus Três Rios
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Monografia postada em 13 de maio de 2022
CLIMA ORGANIZACIONAL: UM ESTUDO DE CASO EM UMA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
AUTOR: Joana Maria Soares Dos Santos / ORIENTADOR: Débora Vargas Ferreira Costa
O presente trabalho tem como objetivo analisar o clima organizacional em uma Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro no mês de abril de 2021, através da percepção dos servidores ativos. Dessa forma, procurou-se por meio do referencial teórico apresentar uma breve transformação do Recursos Humanos ao longo dos anos, apresentar conceitos da Gestão de Pessoas assim como os desafios que a área enfrenta, as definições de Cultura e o Clima Organizacional no setor Público. Para a realização da pesquisa utilizou-se um questionário contando com 13 questões sobre fatores que afetam um clima organizacional e 4 questões para formar o perfil dos entrevistados. Foram entrevistadas 75 pessoas, dentre elas mulheres e homens, concursadas, de cargos comissionados e contratadas, com idade entre 18 anos ou mais, de cargos operacionais, técnicos e superiores. Dos resultados obtidos pode-se concluir que o clima na organização de maneira geral é bom e satisfatório para a maioria dos entrevistados, porém alguns pontos negativos apresentaram destaque, como por exemplo as instalações do ambiente, os equipamentos disponibilizados para a execução do trabalho, a manutenção constante de limpeza e o salário, e esses pontos precisam ser observados pelos gestores para que sejam tomadas decisões para possíveis melhorias para os servidores e consequentemente para a organização
Monografia postada em 13 de maio de 2022
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO NO SETOR PÚBLICO: Uma análise da Reforma Administrativa
AUTOR: Priscila Santana Valentim / ORIENTADOR: Irapoan Nogueira Filho
O presente trabalho tem como objeto o estudo e a análise crítica da avaliação de desempenho na administração pública, instituída pela EC nº 19 de 1998, também denominada de Reforma Administrativa Gerencial, objetivando regulamentar a aquisição de estabilidade dos servidores públicos. A pertinência do tema justifica-se por demonstrar a avaliação de desempenho como um processo para o aperfeiçoamento da Gestão Pública e melhoria na eficiência, eficácia e efetividade dos serviços públicos oferecidos, conforme previsto no art. 37 da Constituição Federal. Desvendou-se, nesta toada, que o referido instrumento é estritamente entrelaçado as reformas administrativas pelas quais o Brasil passou desde o modelo Burocrático. A fim de contextualizar o instituto em foco com a presente discussão monográfica, analisamos alguns dos artigos dispostos na Lei 8112/90, por abordar sobre a estabilidade dos servidores públicos. Questão de fundamental importância, a qual foi determinante no processo de escolha do assunto, girou em torno da nova Reforma Administrativa, através da PEC 32/2020 e a possibilidade de alteração na aplicação da avaliação de desempenho. Quanto aos setores do conhecimento, a pesquisa assumiu feição interdisciplinar, pela junção de elementos pertinentes a Administração Privada, Pública e Direito. Palavras chave: Avaliação de Desempenho. Setor público. Administração Pública. Reforma Administrativa. PEC 32/2020.
Monografia postada em 13 de maio de 2022
Análise do impacto da implementação do orçamento empresarial em uma empresa gráfica em Três Rios (RJ)
AUTOR: Daiana Costa Bitencourt / ORIENTADOR: Tatiana Ladeira Vidal
O presente trabalho teve como objetivo analisar o processo de implementação do controle orçamentário na empresa Nobre Embalagem, uma indústria do setor gráfico situada atualmente no município de Três Rios (RJ). Utilizou-se uma abordagem quali-quantitativa. Foram extraídas informações do banco de dados e das demonstrações contábeis da empresa para a elaboração de indicadores contábil-financeiros a fim de comparar as métricas antes e após a implementação do orçamento. De modo a complementar a análise e trazer informações sobre a condução do processo orçamentário e o valor percebido pelos gestores, extrapolando assim as informações extraídas dos sistemas, conduziu-se uma entrevista do tipo semiestruturada com o diretor financeiro. O ano de implementação foi 2020, o mesmo ano em que desencadeou a pandemia causada pelo COVID-19, que impactou a economia mundial, mas ainda assim os resultados já demonstraram melhora no desempenho financeiro e uma redução na variabilidade das informações.
Monografia postada em 13 de maio de 2022
COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL E CULTURA ORGANIZACIONAL VISANDO A MELHORIA DA PERFORMANCE INDIVIDUAL E COLETIVA – ESTUDO DE CASO
AUTOR: Daniela Manso Da Silva / ORIENTADOR: Maria Cristina Drumond E Castro
O presente trabalho tem como objetivo principal analisar o comportamento dos indivíduos dentro da organização e verificar como a cultura organizacional exerce influência no comportamento das pessoas. Para isso, buscou-se analisar o tema por meio de livros e artigos científicos nas bases Scielo, Scopus e Web of Science. Nesse sentido, procurou-se elucidar questões que são importantes para a compreensão do tema em sua totalidade, como a contextualização de seus conceitos, relações, evolução e estudo de caso empresarial. A pesquisa no ambiente organizacional, constatou-se que a cultura organizacional exerce influência no comportamento dos colaboradores. Essa afirmativa, foi analisada mediante aos conteúdos dispostos pela literatura consultada e reafirmado no estudo de caso. Nesse estudo, obteve-se a contribuição de 2 gestores e 7 funcionários de uma filial localizada na cidade de Três Rios, do ramo de transporte e com um efetivo 10 funcionários em que todos responderam 26 questões abertas, a fim de verificar os pontos positivos e negativos da relação entre cultura e comportamento organizacional tendo como referência um quadro elaborado pela autora acerca desta relação. As respostas dos gestores foram comparadas às dos colaboradores, para verificar o tipo de posicionamento dos grupos e foi observado um alto índice de discordância em suas respostas. As principais variáveis observadas e que devem ser consideradas para efeito de construção de um melhor ambiente foram: falta de comunicação, motivação, informalidade nas relações, desconhecimento da missão, visão e valores que necessitam ser transmitidos com mais clareza para que os funcionários internalizem as regras e diretrizes da maneira assertiva. Este fato em muito contribuiria para que houvesse melhor compreensão dos objetivos organizacionais e da motivação dos funcionários. Palavras-chave: Comportamento Organizacional. Gestão de Pessoas. Cultura Organizacional.
Monografia postada em 2 de maio de 2022
RESGATE HISTÓRICO DE ANGIOSPERMAS COLETADAS POR NATURALISTAS ENTRE OS SÉCULOS XVIII E XX NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARAÍBA DO SUL FLUMINENSE
AUTOR: Thayná Ribeiro Bromana / ORIENTADOR: Michaele Alvim Milward de Azevedo
O interesse sobre a flora do Brasil teve início no século XVI, e a partir do século XVII, numerosos botânicos visitaram o país para estudar a flora brasileira. O desafio no conhecimento histórico da flora da bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul Fluminense é muito grande, pois se remonta em registros anteriores ao início da cultura do café, onde houve a degradação dos solos e fragmentação da vegetação do Vale do Paraíba, propiciando profundas transformações ambientais. Os dados históricos de coletas das plantas brasileiras entre os séculos XVIII e XX são de extrema importância, pois fornecem dados para estudos taxonômicos, distribuição geográfica das espécies, diversidade e conservação, além de viabilizar dados para indicação de espécies para recuperação de áreas degradadas. Este trabalho buscou realizar o levantamento e análise das espécies coletadas por naturalistas na bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul, no estado do Rio de Janeiro. O levantamento das espécies foi realizado em herbários virtuais e nas obras clássicas de Vellozo, Martius e Saint-Hilaire. Os nomes das espécies foram atualizados conforme o sistema de classificação APG IV. O estado de ameaça foi avaliado segundo os critérios estabelecidos pela IUCN, além da conferência no Anexo I da Instrução Normativa nº6 de 2008 e na Lista Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção. Os pontos de ocorrência das espécies listadas foram obtidos nos herbários virtuais contidos nos sistemas de informação Species Link e JABOT, organizados em planilhas e plotados no software Arcgis 10.2.1. Os cálculos de extensão de ocorrência (EOO) e área de ocupação (AOO) foram executados utilizando a ferramenta GeoCAT. Foram encontrados 344 táxons pertencentes à 87 famílias botânicas e 232 gêneros, 28 espécies não apresentaram grau de identificação por não terem sua nomenclatura resolvida. Cerca de 45 espécies foram desconsideradas da análise por não apresentarem ocorrência para o estado do Rio de Janeiro. Cerca de 44% das espécies são endêmicas do Brasil, 32% endêmicas da Mata Atlântica e 2,9% endêmicas do Rio de Janeiro. Atraves dos dados de AOO e EOO, quatro espécies endêmicas do Rio de Janeiro foram consideradas como ameaçadas. Das arbóreas, 27 espécies apresentam alto potencial para o uso em restauração florestal em Unidades de Conservação do Rio de Janeiro. Foram encontradas 21 espécies sob estado de ameaça sendo analisadas as espécies comprometidas tanto em território nacional, quanto no estado do Rio de Janeiro. Foram verificadas 12 espécies ocorrentes na bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul avaliadas como Dados Insuficientes (DD). Das 21 espécies consideradas sob risco de extinção, quatro não apresentaram registros de ocorrência em herbários para a área da bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul Fluminense e as demais espécies mostraram baixa distribuição geográfica pela região. Fundamentado nos pontos de ocorrências geográficas, verificou-se que 34 espécies identificadas à nível específico, não apresentaram registros de ocorrência para a bacia do rio Paraíba do Sul. Embora tenha-se analisado uma redução de habitats e de biodiversidade, a região aponta ainda uma alta diversidade biológica sendo fundamental atuações direcionadas à conservação das espécies remanescentes.
Monografia postada em 2 de maio de 2022
PEGADA ECOLÓGICA DE CURSOS UNIVERSITÁRIOS PRESENCIAIS DA CIDADE DE TRÊS RIOS/RJ
AUTOR: Yasmin Costa Vargas / ORIENTADOR: Olga Venimar de Oliveira Gomes
evidente que a forma inadequada que as pessoas vêm utilizando os recursos naturais disponíveis no planeta compromete diretamente o desenvolvimento sustentável. A partir disso, surgiu a ideia de se utilizar indicadores ambientais para se mensurar a quantidade de consumo e de resíduos gerados pela população como é o caso da Pegada Ecológica. O estudo em questão surgiu com o objetivo de calcular a Pegada Ecológica dos alunos universitários de duas instituições, uma pública e uma privada, da cidade de Três Rios – RJ. Para a realização da pesquisa, foi feito um levantamento bibliográfico a respeito da temática em questão e elaborou-se um questionário baseado na metodologia do cálculo da Pegada Ecológica. O questionário foi aplicado em 182 alunos: 48 estudantes de instituição privada e 134 estudantes de instituição pública. Foi realizada uma análise comparativa acerca dos resultados obtidos dessas duas instituições de ensino. Também foram apresentadas medidas para melhorar a Pegada Ecológica desses estudantes. A pesquisa demonstrou que os alunos de Medicina da instituição privada obtiveram o maior índice no que diz respeito ao tamanho da sua Pegada Ecológica enquanto os alunos de Gestão Ambiental da instituição pública obtiveram os menores índices. Além disso, a pesquisa comprova que a Pegada Ecológica aumenta quanto maior for o poder aquisitivo, a capacidade de consumo e quanto menor for a consciência sobre sustentabilidade desses indivíduos. Como proposta principal para melhorar a Pegada Ecológica, indicou-se a intensificação da importância de separação e coleta de resíduos por ter sido uma das atividades mais deficientes no que tange a pegada ecológica para o município de Três Rios.
Monografia postada em 2 de maio de 2022
ANÁLISE DO CONHECIMENTO ACERCA DA FAUNA DE TRÊS MUNICÍPIOS DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO: ITABORAÍ, NITERÓI E SÃO GONÇALO
AUTOR: Maharani de Morais Bonometti / ORIENTADOR: FÁBIO SOUTO DE ALMEIDA
A Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, inserida no Bioma Mata Atlântica, apresenta elevada degradação dos ecossistemas naturais, sendo necessário realizar estudos que possam embasar ações voltadas à proteção de sua diversidade biológica. Assim, o presente trabalho teve o objetivo de realizar o levantamento da fauna existente nos municípios de Itaboraí, Niterói e São Gonçalo, identificar espécies ameaçadas de extinção que ocorrem nestes municípios e as principais ameaças a estas espécies. Para a coleta de dados foram acessados o Portal da Biodiversidade, o Sistema de Informação sobre a Biodiversidade, Species link e outros websites confiáveis, como Google Acadêmico e SciELO. Foi constatado o total de 289 espécies, tendo Niterói o maior número de ocorrência (186 espécies), seguido de São Gonçalo (49 espécies) e Itaboraí (42 espécies). Dentre os vertebrados, o grupo taxonômico com o maior número de espécies com registro para os municípios em estudo foi o dos peixes (73 espécies), seguido das aves (32 espécies) e anfíbios (32 espécies), mamíferos (21 espécies) de répteis (18 espécies). Foram obtidos registros de ocorrência para 68 espécies de crustáceos, 30 espécies de insetos e uma espécie da Classe Arachnida. Também se observou 13 espécies de moluscos, duas espécies de poliquetas e uma espécie do Filo Nematoda. Foram identificadas 10 espécies que precisam de maior atenção à conservação, de diferentes grupos taxonômicos, sendo 5 espécies constando como Em Perigo (EN), 3 como Vulneráveis (VU) e 2 como Quase Ameaçadas (NT). Observa-se que ocorreu na região de estudo elevada perda de habitats terrestres naturais e os ecossistemas aquáticos foram degradados pela poluição. Assim, é necessário ampliar consideravelmente o conhecimento sobre a fauna nos municípios em estudo e criar estratégias para salvaguardar essa ameaçada biodiversidade.
Monografia postada em 2 de maio de 2022
IMPLICAÇÕES AMBIENTAIS E ÉTICAS NA PRODUÇÃO E EXPORTAÇÃO DE ANIMAIS VIVOS
AUTOR: Gabrielle Sanches de Oliveira Carvalho / ORIENTADOR: ANA PAULA PERROTA FRANCO
A criação de gado bovino no Brasil é a atividade econômica que ocupa a maior extensão de terras no Brasil correspondendo a 159.497.547 de hectares das áreas de utilização de terras, enquanto as destinadas à lavoura totalizam 63.517.805 de hectares. De acordo com a notícia veiculada no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Valor Bruto da Produção Agropecuária de 2019, com base nas informações de safra de fevereiro, está estimado em R$ 572,9 bilhões. Apesar do alto valor movimentado pela pecuária brasileira esta atividade engloba uma série de impactos ambientais que muitas vezes não são contabilizados. Em média, cada boi ou vaca produz de 250 a 500 litros de metano por dia só no Brasil, sendo que o metano tem potencial poluente 25 vezes superior ao gás carbônico. O bilionário volume tóxico é somado à derrubada de vegetação nativa para a abertura de pastos, que diminui o número de árvores e consequentemente aumenta a quantidade de poluentes na atmosfera. Ademais, o setor pecuário é criticado por maus tratos aos animais. É importante notar as diferentes práticas produtivas encontradas no setor pecuarista. Diante dessas atividades o estudo possui foco na atividade relacionada a exportação de gado em pé. Acerca da exportação de bois vivos, trata-se de um produto sem valor agregado por processamento, somente lucrativo quando a prática comporta baixos custos de produção. Diante deste panorama, este estudo possui o objetivo de analisar os efeitos da produção bovinos de corte, estabelecendo relações com o mercado global de exportação de cargas vivas. E os objetivos específicos de caracterizar a reorientação da pecuária, identificar as problemáticas ambientais e as tensões éticas.Para alcançarmos este objetivo foi realizado a revisão bibliográfica de fontes documentais afim de caracterizar como ocorreu a modernização do setor agropecuário para uma pecuária industrial de larga escala e a etnografia virtual, afim de verificar os casos de maus tratos contra aos animais nestes sistemas agroindustriais. Por consequência foi possível verificar que modalidade de transporte de gado em pé, não é tão lucrativa para o Brasil visto que é dependente da espoliação continúa de recursos naturais brasileiros e os animais estão sendo vítimas de maus tratos. Além disso, foi analisado que os maus tratos diários sofridos pelos animais sencientes estão relacionados esssencialmente com a pecuária, e esta engloba catástrofes climáticas e sociais, trabalhos análogos a escravidão, desmatamento, incêndios e ameaças à saúde pública.
Monografia postada em 2 de maio de 2022
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO HOSPITAL NOSSA SENHORA DA PIEDADE EM PARAÍBA DO SUL, RJ: ALTERNATIVA PARA O GRUPO D COM FOCO NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
AUTOR: Thomás Lima Rivello / ORIENTADOR: FÁBIO CARDOSO DE FREITAS
O trabalho aborda uma breve análise dos resíduos de serviços de Saúde do Hospital Nossa Senhora da Piedade, tendo como foco os Resíduos Grupo D. Foi desenvolvido um estudo de como funcionam as relações desde a coleta no local de geração até sua destinação final, quais cuidados são adotados de acordo com a legislação vigente e como poderia ocorrer uma destinação mais nobre para esses resíduos. Desta maneira, foi adotado a mensuração dos resíduos provenientes dos escritórios e da cozinha, os quais foram quantificados e segregados daqueles que, poderiam ou não, serem reutilizados e/ou reciclados. Com isso, foi adotado a possibilidade de destinação dos resíduos de escritórios para a cooperativa de catadores do Município, sem que o Hospital tivesse custo para isso, visto que a cooperativa possui caminhões para o transporte de resíduos, resultando assim, em uma possibilidade de reciclagem desses materiais e um aumento na renda dos trabalhadores. Já com os resíduos da cozinha, foi idealizado a mensuração dos orgânicos, que não entraram em contato com humanos, não havendo, assim, a possibilidade de contaminação cruzada, sendo posteriormente destinados a casa de caridade e a escola municipal condessa do Rio Novo para que atividades como a compostagem fossem realizadas com esses alimentos e a partir disso, outras atividades como o plantio, cuidados com o meio ambiente, preservação ambiental e a educação ambiental fossem sendo desenvolvidas com as crianças internas da caridade e os alunos do colégio.
Monografia postada em 2 de maio de 2022
Áreas potenciais para restauração florestal na Área de Proteção Ambiental Vale do Morro da Torre, Três Rios/RJ
AUTOR: Marcos Yan dos Santos Couto / ORIENTADOR: Erika Cortines
A adequação ambiental de propriedades rurais localizadas dentro de Unidades de Conservação de Uso Sustentável pode trazer inúmeros benefícios socioambientais. O objetivo deste trabalho foi realizar um diagnóstico de uso do solo das Reservas Legais e Áreas de Preservação Permanente a serem recuperadas/restauradas na Área de Proteção Ambiental Vale do Morro da Torre (APA VMT), município de Três Rios, RJ e propor medidas de recuperação. A APA VMT possui 4.236 há, perímetro de 29.882 m e 13,4 de cobertura florestal remanescente. Para obtenção dos dados foi realizado consulta ao Sistema de Informação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), onde forma baixados os arquivos shapefile das Propriedades rurais e suas respectivas Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reservas Legais (RL). Estes arquivos foram abertos no Google Earth Pro para verificação da cobertura vegetal presente e estimativa da área potencial para restauração florestal e adequação ambiental destas propriedades. Foram encontradas na APA VMT 38 Áreas de Imóveis Rurais cadastradas no CAR (total 1.780,6 ha), 33 Reservas Legais (376,4 ha totais), 16 APP’s de Faixas Marginais de Cursos D`água (74,9 ha totais) e 7 APP’s de Nascentes (7,74 ha totais). Das áreas de RL, somente 14 das 33 possuem acima de 80% de suas áreas florestadas e uma possui 100% de cobertura arbórea. Foram registradas apenas sete nascentes no Cadastro Ambiental Rural enquanto que ao contabilizá-las pela hidrografia, foram 71. :Isso pode ser reflexo da escassa cobertura vegetal na APA VMT. Recomenda-se a restauração por meio do uso de Sistemas Agroflorestais. Conclui-se que é pertinente a elaboração de um plano de manejo da APA e que a restauração seja incentivada por políticas públicas, assim como programas de Pagamento Por Serviços Ambientais para auxiliar na conservação da biodiversidade e promoção de serviços ambientais associados
Monografia postada em 2 de maio de 2022
IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DA UHE SIMPLÍCIO NO MUNICIPIO DE SAPUCAIA-RJ SEGUNDO A POPULAÇÃO SAPUCAIENSE
AUTOR: Larissa Castro Magrani / ORIENTADORES: Alexandre Ferreira Lopes e Monica Cardoso Ambivero
Devido a vasta abundância de recursos hídricos em nosso país, ao seu valor de competitividade econômica e por ser considerado uma “energia limpa”, as hidrelétricas tem sido a nossa principal fonte de geração de energia. O aproveitamento hidrelétrico de Simplício é uma complexa obra de engenharia, onde a elevação d’agua, com a implantação de uma barragem, estabelece um desnível maior que dá mais energia as vazões que chegam ao reservatório. O objetivo principal do desse trabalho, foi analisar os impactos socioambientais sofridos no município de Sapucaia, localizado no interior do estado do Rio de Janeiro, com a instalação da Usina Hidrelétrica de Simplício (UHES). Portanto, foram realizadas entrevistas estruturadas, a partir de um roteiro pré-estabelecido, com quarenta e dois (42) indivíduos moradores do município, seguido da elaboração de um mapeamento participativo em conjunto com a comunidade, com informações através da percepção local, levantamentos de dados bibliográficos e visitas a campo. A partir dos dados analisados em campo, foram realizadas análises de todo o conteúdo obtido, e assim transformados em tabelas e gráficos de porcentagem. Foi possível visualizar que o empreendimento acarretou uma série de impactos ao município, sendo sua maioria ainda em fase inicial, a partir da instalação dos canteiros de obras. Cerca de 97% dos entrevistados afirmam ter ciência da existência do empreendimento no município, porém, 3% dos entrevistados até o momento da entrevista não sabiam da existência do mesmo. Quando indagados aos riscos e eventos referentes a UHES, 80% dos entrevistados dizem não ter ciência, e reclamam por conviver diariamente com o medo de um possível acidente, já que a empresa não possui nenhum equipamento de comunicação, como alarmes e autofalantes, ou até mesmo reuniões abertas para a satisfação da população. Por outro lado, cerca de 76% dos entrevistados são a favor do empreendimento no município, mesmo sem muitas informações sobre o mesmo. Cerca de 64% afirmam não ter ocorrência de mudanças positivas pós empreendimento, e 59% não consegue enxergar nenhum tipo de impacto negativo. Pesquisando mais a fundo, o nível do rio paraíba do sul foi o impacto mais perceptível, sendo citado por 10% dos entrevistados, que expõem que após a instalação da usina hidrelétrica, a vazão do rio paraíba do sul tem atrofiado. Apenas 1% dos entrevistados, sofreu um grande impacto com a perda do seu imóvel em área de alagamento, precisando ser remanejado com toda a sua família, sem qualquer tipo de suporte psicológico, acarretando uma série de danos emocionais.
Monografia postada em 2 de maio de 2022
OUTROS ESPAÇOS DE APRENDIZAGEM – DESENVOLVENDO EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO FORMA DE CONSCIÊNCIA CRÍTICA NO SÉCULO XXI
AUTOR: Luiz Cláudio Maurício Fonseca / ORIENTADOR: FÁBIO CARDOSO DE FREITAS
Desenvolver novas formas de aprender e de ensinar no século XXI, eis o grande desafio. Precisamos ser capazes de conectar nossos alunos as suas realidades. Não existe outra forma de estar no mundo que não seja em seu espaço físico, não existe outro lugar de construção que não seja aqui e agora, por isso a tarefa árdua de ocupar os espaços, feitos através de ações propostas dentro da realidade da escola pública e dos seus alunos para formar consciência crítica e ambiental. Assim foram pensadas seis ações ou oficinas que pudessem desenvolver nos alunos do segundo segmento do ensino fundamental, do sexto ao nono ano, durante o ano de 2019, reflexões sobre o meio ambiente e política, despertando assim cidadania e senso crítico sobre cada ação proposta. Na verdade, o intuito do trabalho foi poder criar espaços de aprendizagem intuindo o aluno a sua realidade, buscando soluções para o coletivo. Foram desenvolvidas ações de aprendizado durante 12 meses como: conhecendo o bairro, coleta seletiva, fazendo sabão, combate à dengue, festival de pipas e painéis nos muros. Cada ação foi pensada de modo a inserir o aluno no mundo a sua volta, envolvendo-o e sensibilizando-o para que ele pudesse observar e aprender na prática sobre questões complexas da política e do meio ambiente. E ficou claro que o aluno se reconheceu, desenvolveu reflexão para questões que, para ele, estavam fora do mundo da escola. Assim, foi possível concluir, a partir das respostas dos discentes e das oficinas realizadas, que as estratégias de construção dos outros espaços de aprendizado e cidadania devem incluir mecanismos que envolvam a educação ambiental, mas não só, nas fronteiras dos bairros mais afastados, pois as questões sociais impactam a vida dos moradores e muitas vezes as questões ambientais estão encobertas pelas mais variadas carências, o barranco que pode desabar, o rio que enche, o lixo que não é recolhido, tudo isso é cidadania, política e ensino.
Monografia postada em 2 de maio de 2022
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL E PROPOSTAS DE MANEJO PARA IMPLEMENTAÇÃO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SERRA DE MIGUEL PEREIRA, ESTADO DO RIO DE JANEIRO
AUTOR: Vanessa da Silva Matos / ORIENTADOR: FÁBIO SOUTO DE ALMEIDA
O Bioma Mata Atlântica encontra-se ameaçado por diversas atividades antrópicas que geraram uma expressiva degradação dos seus ecossistemas nos últimos séculos. As Unidades de Conservação (UCs) têm sido criadas visando reduzir e reverter este cenário de degradação ambiental, no entanto, para que sejam efetivas, necessitam de estudos prévios sobre aspectos ambientais, sociais e biológicos para que cumpram com seus objetivos de criação. Este trabalho teve como objetivo apresentar o diagnóstico ambiental da área proposta para a criação da Reserva Particular do Patrimônio Natural Serra de Miguel Pereira, no Município de Miguel Pereira-RJ. Além disso, visou identificar as potencialidades e contingências da RPPN e sugerir o seu zoneamento e atividades de manejo a serem adotadas, visando subsidiar a preparação do Plano de Manejo. Foi realizada uma revisão bibliográfica com intuito de obter informações sobre as características da área da RPPN e do seu entorno, sobre as contingências relacionadas à gestão de UCs e a respeito de programas de manejo. Também foram realizadas análises de imagens aéreas e atividades de campo para registro das características da RPPN. Entre os principais problemas identificados para a gestão da UC está o descarte inadequado de resíduos sólidos, o risco de queimadas, a falta de infraestrutura e controle da visitação, o risco de introdução de espécies exóticas, a falta de conhecimento da população sobre o estabelecimento da área como RPPN e a escassez de recursos financeiros. As principais medidas de manejo indicadas foram a instalação de lixeiras para a coleta seletiva, o desenvolvimento de um plano de gerenciamento de resíduos sólidos, práticas de educação ambiental e de prevenção e combate a incêndios e a realização de monitoramento e fiscalização. Também deve ser feito um investimento em infraestrutura, deve-se divulgar a criação da UC e os seus objetivos e trabalhar na captação de recursos financeiros. Como potencialidades, a RPPN possui expressiva beleza cênica, potencial para o ecoturismo e voos de parapente, contendo trilhas e local para acampar, além do potencial para a pesquisa científica e colaborar para a proteção de recursos naturais. Foi sugerido o estabelecimento e delimitação da Zona de Administração, da Zona de Visitação e da Zona de Proteção. Com a implementação das medidas de manejo necessárias para a correção dos problemas identificados, a RPPN Serra de Miguel Pereira desenvolverá efetiva participação na proteção dos recursos naturais no município de Miguel Pereira.
Monografia postada em 2 de maio de 2022
A DESENGENHARIA FRENTE À INDÚSTRIA SANTA MATILDE NO MUNICÍPIO DE TRÊS RIOS – RJ
AUTOR: MILENE DE MATTOS SILVA / ORIENTADOR: THAIS ALVES GALLO ANDRADE
O desenvolvimento acelerado de mercado nas últimas décadas traz consigo grande preocupação socioambiental na medida em que espaços são ocupados sem nenhuma segurança social ou ambiental de que as áreas estejam isentas de contaminação. Desta forma, a presente monografia teve o objetivo de avaliar o processo de descomissionamento de empreendimentos utilizando como exemplo o caso da Companhia Industrial Santa Matilde no município de Três Rios. Para a coleta das informações necessárias, foi realizado um estudo de caso com pesquisa bibliográfica e documental sobre o município de Três Rios e a Indústria Santa Matilde, contendo os procedimentos e normas de desengenharia industrial, referências de passivo ambiental industrial e histórico de crescimento e desenvolvimento local que pudesse promover a análise socioeconômica e ambiental do município quanto ao fechamento da indústria Santa Matilde. A análise das normas e procedimentos específicos encontrados quanto à desengenharia de empreendimentos permitiram evidenciar que o tema ainda pouco explorado necessita ser amplamente discutido e que passe a ser exigido pelo poder público, inclusive com análise de passivo ambiental. Não foi possível evidenciar se a Indústria Santa Matilde em Três Rios possui passivo ambiental devido à falta de estudos prévios, no entanto sua área forneceu espaço para diversas outras empresas e indústrias sem comprovação sobre os seus lotes. A análise socioeconômica e ambiental indicou que a população trirriense obteve médio desenvolvimento social e econômico nos anos analisados entre as décadas de 1980 e 1990 e posteriormente aos anos 2000, porém, em termos ambientais não foi observado uma política ambiental satisfatória. É recomendada a realização de estudos sobre a responsabilidade socioambiental das indústrias da região a fim de verificar o seu comprometimento com as questões sociais e ambientais da região.
Monografia postada em 2 de maio de 2022
EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS AMBIENTAIS NO MUNICÍPIO DE SAPUCAIA, NO PERÍODO DE 2009 A 2020, FRENTE A ARRECADAÇÃO DE ICMS ECOLÓGICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
AUTOR: Jonas da Silva Torres França / ORIENTADOR: Julianne Alvim Milward de Azevedo
O objetivo deste trabalho residiu em estudar a evolução dos repasses do mecanismo fiscal conhecido como ICMS Ecológico, do governo de estado do Rio de Janeiro, instituído através da Lei Estadual no 5.100 de 04 de outubro de 2007, para o município de Sapucaia, localizado na região Centro-Fluminense do Estado do Rio de Janeiro, e seus impactos frente à política ambiental municipal. A pesquisa, quantos os fins, teve caráter descritivo e explicativo. Já em relação aos processos utilizados para seu desenvolvimento, a pesquisa foi bibliográfica e documental, além de ser constituído em estudo de caso. Ademais, foi utilizada a pesquisa de campo nos espaços físicos destinados a gestão das Unidades de Conservação (UC) com vista a visualização e registros fotográficos. Foi observada uma evolução expressiva no desenvolvimento de políticas públicas ambientais relacionadas diretamente aos parâmetros de cálculo de ICMS Ecológico, elevando a posição do município no ranking estadual do Índice final de Conservação Ambiental (IFCA) da 78a colocação, em 2009, para a 20a posição, em 2020. Conclui-se que os valores de ICMS Ecológico arrecadados pelo município de Sapucaia foram um fator de extrema importância para a criação de novas políticas públicas ambientais, especialmente nas áreas de resíduos sólidos e tratamento de esgoto, relacionadas diretamente com as construções do aterro sanitário e as estações de tratamento de esgoto, pela empresa FURNAS Centrais Elétricas, decorrente das compensações ambientais impostas pela Licença de Instalação (LI) do empreendimento Aproveitamento Hidroelétrico de Simplício (AHE Simplício) no município. Entretanto, as ações implementadas referentes a essas políticas se deram de forma concentrada em dois distritos - Sede e Anta -, resultando no não benefício de toda a população.
Monografia postada em 9 de junho de 2021
ESTUDO DE ATROPELAMENTO ANIMAL NO TRECHO DA RODOVIA BR 101/RJ NAS MARGENS DO PARQUE ESTADUAL CUNHAMBEBE, RIO DE JANEIRO: PROPOSTAS DE MEDIDAS PREVENTIVAS COM ÊNFASE EM ECOLOGIA DE ESTRADAS
AUTOR: Yan Giovanni Freitas Silva / ORIENTADORES: Ângela Alves de Almeida e Maíra Freire Pecegueiro do Amaral
A realização desse trabalho justifica-se pela escassez de dados sobre o monitoramento do atropelamento de fauna na rodovia BR 101/Rio de Janeiro, que margeia o Parque Estadual Cunhambebe. O objetivo foi realizar um estudo sobre a mortalidade de fauna atropelada no trecho, localizado entre a cidade de Itaguaí, bairro Vale do Sahy, pertencente a cidade de Mangaratiba, no Estado do Rio de Janeiro. O estudo teve início em novembro de 2020. Foram contabilizados os dados iniciais que fazem parte do projeto da Unidade de Conservação Parque Estadual Cunhambebe, cujos objetivos principais foram monitorar o número de atropelamentos da fauna, contabilizar e identificar os animais mortos. Durante o período estudado foram identificados 54 óbitos de animais via colisão, e deste total 17 foram da espécie Hydrochoerus hydrochaeris sendo a espécie mais encontrada durante o monitoramento. Considerando que a velocidade máxima da via monitorada é de 100 km/h, os números de animais de pequeno porte talvez não tenham sido visualizados pela equipe de monitoramento por conta da alta velocidade empregada na via expressa. Dados sobre atropelamento de fauna precisam ser relacionados à Ecologia de Estradas, tornando possível a proposta de medidas efetivas de remediação e prevenção dos impactos negativos causados por acidentes ocorridos em percursos de alto tráfego de modais. As medidas de proteção e preservação da fauna na via monitorada são escassas ou praticamente ausentes. Os resultados apontam para a necessidade urgente de ações preventivas e mitigadoras que sejam viáveis e efetivas. Diante dos resultados foram propostas medidas de mitigação dos impactos da rodovia sobre a fauna local. Esta contabilização é preliminar e terá continuidade para que os dados gerados de atropelamento e morte de fauna durante a pandemia provocada pelo vírus Sars- Cov-2 que assola o Brasil desde 2020, possam ser comparados com períodos normais de circulação de modais e veículos de passeio. Estudos desta natureza podem comprovar se as restrições de circulação diminuem o número de animais mortos, quando comparados a outros estudos de anos anteriores.
Monografia postada em 9 de junho de 2021
IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS POR GRANDES EMPREENDIMENTOS EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL
AUTOR: Stella Horsth Pereira / ORIENTADORES: FÁBIO SOUTO DE ALMEIDA e Fabíola de Sampaio Rodrigues Grazinoli Garrido
Estudos de Impactos Ambientais (EIAs) e seus respectivos Relatórios de Impactos Ambientais (RIMAs) servem para analisar as mudanças causadas no meio ambiente por grandes empreendimentos nos meios físico, biológico e socioeconômico. Muitas vezes estes empreendimentos afetam Unidades de Conservação da Natureza (UC), tanto do grupo de Uso Sustentável quanto de Proteção Integral. O presente trabalho teve como objetivo analisar os impactos ambientais de empreendimentos na região Sudeste do Brasil que afetaram Unidades de Conservação da Natureza. Para a coleta dos dados, foram utilizados 15 estudos ambientais usados no licenciamento de empreendimentos na Região Sudeste do Brasil. Foi constatado o total de 119 impactos ambientais em Unidades de Conservação, sendo 24 alterações ambientais no meio físico, 35 no meio biológico e 60 no meio socioeconômico. No meio físico todos os impactos foram classificados como de natureza negativa. No biológico apenas 3 foram positivos. No meio socioeconômico a maioria foi de natureza negativa, mas ocorreram 20 impactos classificados como de natureza positiva e 6 como de natureza positiva e negativa. Nas áreas de influência dos empreendimentos estudados ocorreram 10 das 12 categorias de UCs existentes no Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (Lei Federal No 9.985 de 2000), apenas não foram encontradas Reservas Extrativistas e Reservas de Fauna. Alguns estudos ambientais sobre empreendimentos que possuíam em sua área de influência Unidades de Conservação não mencionaram o impacto “interferência em áreas protegidas”. Dentre as medidas mitigadoras observadas nos EIAs e RIMAs, as que mais se destacaram do meio físico- biótico foram o monitoramento da qualidade do ar e da água, recomposição de áreas degradadas, controle de ruídos, controle de supressão de vegetação, minimização da introdução de espécies exóticas, sensibilização e capacitação ambiental dos trabalhadores. No meio socioeconômico, cita-se o esclarecimento da população e autoridades da área de influência sobre o empreendimento, a priorização de contratação de mão de obra local e a proteção aos bens culturais acautelados. Conclui-se, portanto, que os empreendimentos na região Sudeste do Brasil têm afetado expressivamente as Unidades de Conservação existentes de forma negativa, principalmente os componentes do meio físico e biótico. Além disso, os estudos ambientais não relatam totalmente a gravidade desses impactos. Isso resulta em consequências graves para o meio ambiente, e assim, devem-se realizar estudos ambientais mais detalhados e complexos para a melhor proteção ambiental.
Monografia postada em 9 de junho de 2021
MUDANÇAS A LONGO PRAZO (2010-2019) NA COMUNIDADE DE PEIXES RECIFAIS DA ILHA DE BÚZIOS, BAÍA DA ILHA GRANDE, RJ
AUTOR: Maria Julia Santos Peixoto / ORIENTADOR: Leonardo Mitrano Neves
Os estudos que investigam as mudanças temporais em comunidades marinhas são fundamentais para o estabelecimento de patamares de referência e para a elaboração de medidas de conservação e manejo efetivas, baseadas nas respostas da biota as influências ambientais e antrópicas. O presente estudo investigou as mudanças temporais da comunidade de peixes recifais da ilha de Búzios, baía da Ilha Grande, Angra dos Reis, entre os períodos de 2010/2011 e 2019. Esta ilha pertence a Unidade de Conservação de Proteção Integral denominada Estação Ecológica de Tamoios. Os parâmetros da comunidade de peixes conhecidos por responderem aos impactos antrópicos como destruição de habitats e sobrepesca (número de espécies, número de indivíduos e abundância de espécies alvo da pesca) foram monitorados para as zonas abrigadas e expostas à ação das ondas da ilha de Búzios, buscando entender os efeitos de proteção da ESEC Tamoios para a conservação de espécies de peixes recifais. A análise multivariada de variância permutacional (PERMANOVA) e a Análise de Coordenadas Principais (PCO) foram realizadas para testar e visualizar as mudanças na estrutura da comunidade, riqueza e abundância entre os períodos (2010, 2011 e 2019) e as zonas (abrigada e exposta). A comunidade de peixes mudou de uma estrutura mais diversa, com maior número de espécies dominantes, riqueza e abundância de grupos chave e importantes para a pesca (ex. peixes-papagaio) para uma comunidade menos diversa, dominada somente por predadores de invertebrados móveis e onívoros. Tais mudanças temporais foram mais expressivas nas áreas expostas à ação das ondas, que tiveram uma redução na riqueza de espécies, apesar da existência da UC de proteção integral. A pressão de pesca e impactos sobre os organismos bentônicos podem estar associados a diminuição da riqueza e da abundância de espécies alvo observadas nesse estudo. Os resultados apontam para a necessidade de ampliação de medidas de fiscalização e manejo na ilha, bem como a implementação dos planos de recuperação de espécies de peixes na zona de amortecimento.
Monografia postada em 9 de junho de 2021
ANÁLISE DA ABORDAGEM DA NATUREZA NA LITERATURA INFANTIL
AUTOR: Marcela Angela Mesquita de Oliveira Campos / ORIENTADOR: FÁBIO SOUTO DE ALMEIDA
O aumento da degradação ambiental e a redução da disponibilidade de recursos naturais, panorama observado em todo o mundo, requer a promoção da educação ambiental visando a proteção da natureza e, consequentemente, da adequada qualidade ambiental. A literatura é utilizada como ferramenta de educação ambiental e diversas histórias infantis apresentam componentes da natureza, com a forma de abordagem podendo influenciar na percepção da criança sobre o meio ambiente. Assim, o objetivo desse trabalho foi estudar a abordagem da natureza da literatura infantil, incluindo constatar a frequência com que diferentes componentes da natureza e problemas ambientais são abordados e analisar as formas de abordagem da natureza. Foram selecionadas as seguintes histórias clássicas: O Menino do Dedo Verde; A Bela e Fera; Chapeuzinho Vermelho; A Pequena Sereia; O Pequeno Príncipe; João e o Pé de Feijão; Os Três Porquinhos; O Lorax; Beleza Negra: Memórias de um Cavalo. Também foram analisadas 98 histórias em quadrinhos da Turma do Chico Bento. Foram observados, dentre outras questões, os componentes ambientais e problemas ambientais abordados na narrativa das histórias, a indicação de soluções para problemas ambientais e a forma de apresentação dos bens naturais. Pode-se constatar que diversos componentes da natureza são citados nas obras analisadas e a natureza é apresentada de forma positiva na maioria das histórias, embora também ocorra a apresentação de componentes na natureza como sendo perigosos. As histórias clássicas apresentaram poucos problemas ambientais e possíveis soluções aplicáveis na realidade, com componentes da natureza abordados de uma maneira geral de forma lúdica e romântica. Cabe ressaltar que, dentre as obras analisadas, a conscientização para problemas ambientais é mais frequente nas mais recentes. As histórias em quadrinhos analisadas apresentaram componentes da natureza abordados muitas vezes de forma didática e destacando problemas ambientais. As plantas aparecem em todas as histórias em quadrinhos analisadas como parte da paisagem rural ou dos ecossistemas naturais (principalmente florestas), contudo são tratadas de forma relevante nas histórias em menor frequência que os animais. As árvores são os principais vegetais abordados nas histórias com viés ecológico ou conservacionista. A fonte de degradação ambiental mais frequente nas histórias analisadas foi a caça e/ou pesca. O desmatamento também foi frequente, assim como a poluição atmosférica e dos recursos hídricos. Por vezes, histórias incluíram questões sociais associadas à problemática ambiental, como empreendimentos ameaçando o modo de vida de populações tradicionais e o modo de vida urbano gerando problemas sociais. Sugere-se que a abordagem de problemas sociais, econômicos e de saúde humana derivados da degradação ambiental e/ou do uso dos recursos naturais deve ser realizada de forma mais frequente e robusta nas histórias infantis. As histórias também podem atentar mais frequentemente para problemas derivados dos resíduos sólidos e da poluição sonora, luminosa e visual. É interessante ainda abordar soluções para os problemas ambientais e associar a degradação ambiental à redução da capacidade de geração de bens e serviços, tendo consequências negativas para a economia e para a qualidade de vida da população.
Monografia postada em 9 de junho de 2021
CARACTERIZAÇÃO GEOAMBIENTAL DA MICROBACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO INGÁ, ANDRADE COSTA, RJ
AUTOR: Isabel Sant'Ana Rocha / ORIENTADOR: Patrícia Anselmo Duffles Teixeira
O estudo das microbacias é de fundamental importância por serem ambientes frágeis a pequenas perturbações. A compreensão das características geológicas, pedológicas, geomorfológicas, hidrológicas e sociais nestas unidades permite a integração de ferramentas que favorecem o estabelecimento de práticas de preservação dos recursos naturais. Em consonância com o conceito das microbacias hidrográficas como unidades básicas de planejamento e formadas por canais fluviais de até 3a ordem, este trabalho tem por objetivo realizar a caracterização geoambiental da Microbacia Hidrográfica do Córrego Ingá, fornecendo elementos norteadores para auxiliar na gestão desta microbacia. A área de estudo possui 2,17 km2 de área e canais fluviais até 3a ordem. Está localizada em Andrade Costa, município de Vassouras, Região Centro-Sul do Estado Rio de Janeiro. A compilação de trabalhos anteriores permitiu a avaliação do histórico da área. O mapeamento geológico- estrutural foi realizado através de levantamentos bibliográficos e etapas de campo. Afloram na área de estudo rochas ortoderivadas e paraderivadas. Amostras de solo que foram coletadas a cada 0,5 metro de profundidade revelam solo predominantemente arenoso à areno-argiloso. Amostras de solo coletadas a 1,5 metro de profundidade e amostras de água subterrânea foram encaminhadas para análise química de metais, PCB’s totais, pesticidas organoclorados e hidrocarbonetos. Os resultados foram confrontados com a Resolução CONAMA 420/2009. A sondagem do ponto 01 apresentou concentrações elevadas para ferro e manganês em água subterrânea e para bário em solo, enquanto no ponto 04 foram identificadas concentrações de ferro e alumínio acima dos limites de investigação em água subterrânea. Com exceção desses elementos, todos os elementos analisados apresentaram-se abaixo dos limites estipulados pelo CONAMA 420/2009.