Monografias dos discentes do Campus Três Rios

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Monografia postada em 9 de março de 2020

CONTAMINAÇÃO INVISÍVEL: USO DE AGROTÓXICOS E DESCARTE DE EMBALAGENS NA MICRORREGIÃO DE MIGUEL PEREIRA E PATY DO ALFERES

CURSO: Gestão Ambiental / DATA DE DEFESA: 12/2019
AUTOR: Lorye de Araujo Melo / ORIENTADOR: Fabíola de Sampaio Rodrigues Grazinoli Garrido
RESUMO
No Brasil, há incentivos ao uso de agrotóxicos no contexto econômico atual. No entanto, ignoram-se os impactos das substâncias - doravante tratadas como pesticidas -sobre os recursos naturais. O homem está presente no contexto da produção agrícola que sustenta o país, e sofre os primeiros impactos das substâncias sintéticas empregadas na manutenção da lavoura-foi exatamente a primeira motivação para propor o presente estudo. Não se tratou apenas de um estudo quantitativo, mas pretendeu-se relacionar o comportamento de produtores das regiões de Paty do Alferes e de Miguel Pereira aos impactos na saúde com o uso de pesticidas. Originalmente, são regiões conhecidas pela produção de tomate, uma Solanaceae extremamente susceptível ao ataque de fungos, bactérias e insetos quando cultivada como monocultura. O objetivo geral deste estudo foi examinar o panorama do uso de pesticidas nos municípios de Miguel Pereira e Paty do Alferes, bem como avaliar o descarte de embalagens através da análise de grupos focais. Os resultados obtidos podem viabilizar trabalhos e pesquisas futuras nas regiões citadas e corroborar com a conscientização sobre os riscos que o uso de agrotóxicos pode acarretar para a biodiversidade de fauna e flora e também para a saúde pública. Trabalhou-se com grupos focais, com pesquisa de opinião sobre o uso de agrotóxicos e destinação dos resíduos da lavoura convencional. A partir do estudo, percebeu-se correlação entre a escolaridade do produtor e o manuseio correto e menos deletério das substâncias pesticidas. Alguns produtores expuseram a necessidade de diversificação de culturas para sobrevivência de suas propriedades, tendo em vista a impossibilidade de aquisição de doses crescentes de agrotóxicos para a cultura do tomate. As embalagens da maioria das propriedades visitadas são descartadas de forma incorreta. De modo geral, sem a devida orientação técnica, não percebem a contaminação do aquífero pelo uso de agrotóxicos e estão sujeitos às doenças do sistema nervoso central e podem bioacumular contaminantes.
Monografia postada em 9 de março de 2020

INSETICIDAS VENENOS AXÔNICOS: LEVANTAMENTOS DOS REGISTROS REALIZADOS NO BRASIL EM 2019 E SEUS EFEITOS SOBRE A BIODIVERSIDADE E A SAÚDE HUMANA

CURSO: Gestão Ambiental / DATA DE DEFESA: 12/2019
AUTOR: Ana Carolina Silva de Oliveira / ORIENTADOR: Ângela Alves de Almeida
RESUMO
Este artigo apresenta um levantamento dos inseticidas neurotóxicos registrados no Brasil em 2019 e seus efeitos sobre a saúde humana e biodiversidade. Para tanto, efetuou-se uma pesquisa de todos os atos de registros de agrotóxicos concedidos no ano supracitado. Mediante análise dos registros realizou-se uma revisão bibliográfico integrativa, onde, primeiramente buscou-se compreender a chegada da Revolução Verde no Brasil, em meados de 1965 e como o mercado de insumos agrícolas se desenvolveu no país ao longo dos anos. O modelo de produção agrícola convencional, pautado nas teorias da Revolução Verde, gera uma série de impactos na biodiversidade, como fragmentação ambiental, contaminação do solo e da água e a morte de espécies não-alvo essenciais para a manutenção dos ecossistemas, por exemplo os insetos polinizadores. Além disso, ocasionam impactos negativos na saúde humana, os inseticidas neurotóxicos possuem a capacidade de desenvolver patologias mentais, como a depressão. De acordo com os artigos analisados, os agrotóxicos são responsáveis por intoxicações ocupacionais e casos de câncer, além de contaminação em alimentos de origem vegetal e animal, o que gera certa insegurança alimentar. Ao todo 410 agrotóxicos foram registrados, sendo a maior parte produtos genéricos, similares aos já encontrados no mercado. Uma variedade de inseticidas neurotóxicos, pertencentes aos grupos químicos organofosforados, carbamatos e piretróides, tiveram pleito de registro concedido. A deliberação de tais atos é imprudente e inconstitucional, considerando os efeitos negativos que são capazes de provocar, pois segundo o artigo 225 e 196 da Constituição Federal, respectivamente, é direito de todos um meio ambiente ecologicamente equilibrado e cabe ao poder público e a sociedade defendê-lo e é dever do Estado reduzir os riscos de doenças e agravos.
Monografia postada em 9 de março de 2020

RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL: DAS INDÚSTRIAS À COMUNIDADE – ESTUDO DE CASO EM TRÊS RIOS/RJ

CURSO: Gestão Ambiental / DATA DE DEFESA: 12/2019
AUTOR: Tamiris Monteiro Ayres / ORIENTADORES: THAIS ALVES GALLO ANDRADE e Ana Paula Perrota Franco
RESUMO
A princípio as empresas enxergavam a Responsabilidade Social Empresarial (RSE) como ações filantrópicas, sem visar os benefícios que poderiam ser obtidos. Na década de 1990, se intensificou o questionamento e os debates acerca do assunto. Além disso, os consumidores passaram a exigir das empresas uma postura de boas práticas sociais e ambientais. A RSE contribuiu para que as empresas estejam mais cientes sobre o papel que devem desempenhar com as comunidades adjacentes, de modo que influenciem de forma positiva a qualidade de vida destes moradores. Com isso, o objetivo do trabalho é a análise das ações socialmente responsáveis de empresas localizadas no condomínio industrial da Barrinha, no município de Três Rios/RJ, bem como seus impactos na comunidade do bairro do Habitat, consoante a esta área, e a percepção dos moradores em relação a essas ações. Para isso foram realizadas revisões bibliografias sobre a construção do conceito de RSE, a fim da compreensão dos fatores mais relevantes ao desenvolvimento do tema. Além disso, houve o estudo de caso que foi dividido em duas etapas. A primaria com os moradores do bairro do Habitat, em que as entrevistas foram baseadas na norma NBR 16001. Com as empresas as entrevistas foram realizadas de acordo com os indicadores do Instituto Ethos. Ambas as entrevistas foram guiadas por meio de um questionário semiestruturado. Após o levantamento de informações a campo e análise a partir do referencial teórico foi possível evidenciar que as empresas atendem a algumas questões dos Indicadores Ethos e possuem algumas ações de RSE estruturadas. No entanto, essas ações são pontualmente filantrópicas no bairro do Habitat, apesar de haver interesse no investimento social por parte de empresas. Na percepção dos moradores, as empresas são indiferentes em relação aos impactos sociais gerados e anseiam pela atuação do papel socialmente responsável. O estudo demonstrou que o tema precisa ser ainda disseminado e melhor compreendido tanto pelos gestores empresariais e poder público, quanto pela sociedade, e que o diálogo entre ambas é imprescindível.
Monografia postada em 9 de março de 2020

LEVANTAMENTO DA BASE CARTOGRÁFICA PÚBLICA E GRATUITA NA ELABORAÇÃO E ANÁLISE DOS MAPAS DE SUSCETIBILIDADE A MOVIMENTOS DE MASSA/DESLIZAMENTOS EM TRÊS RIOS/RJ.

CURSO: Gestão Ambiental / DATA DE DEFESA: 12/2019
AUTOR: Beatriz Fonseca Pinheiro / ORIENTADOR: SADY JÚNIOR MARTINS DA COSTA DE MENEZES
RESUMO
A erosão do solo e a degradação da terra são problemas globais. O solo do Brasil é considerado muito suscetível aos eventos de deslizamento, e as condições climáticas marcadas por verões de chuvas intensas, em regiões de grandes maciços montanhosos, agravam ainda mais estes eventos de deslizamentos. Nos centros urbanos os movimentos de massa têm tomado proporções catastróficas, devido as atividades humanas como cortes em talude, aterros, depósitos de lixo, modificações na drenagem, desmatamentos, entre outras, que vem ocasionando o aumento da vulnerabilidade das encostas para a formação desses processos. Em janeiro de 2019 por conta da chuva, sete pessoas ficaram desalojadas na cidade de Três Rios, duas casas foram atingidas e, em uma delas, a parede de alvenaria desmoronou. Dados oriundos da Prefeitura indicam que até o mês de junho deste ano tínhamos registrados 101 riscos de desabamentos. E em consulta ao S2iD - Sistema Integrado de Informações sobre Desastres - foi verificado ocorrência de deslizamento para o ano de 2007 no município, afetando 1054 pessoas. O trabalho tem como objetivo elaborar por meio de dados digitais gratuitos e públicos os mapas de suscetibilidade a esses eventos para a área urbana de Três Rios/RJ, contribuindo para uma melhor gestão de risco no município. Para a elaboração dos mapas foi utilizada a Base Cartográfica Vetorial Contínua do Estado do RJ na escala 1:25.000 do IBGE e os dados do Serviço Geológico do Brasil - CPRM. Para o processamento, elaboração e análise dos dados foram utilizados os recursos de um Sistema de Informação Geográfica – SIG. Ao analisar os mapas elaborados, foi possível identificar que o município de Três Rios apresenta zonas propícias a ocorrência destes eventos, onde temos os riscos associados à escala de elevada, média e baixa de 10,30% e 35,83% e 53,86%, respectivamente. Motivado pela baixa cobertura vegetal encontrada no município, relevo e tipo de solo. A falta de políticas públicas visando o planejamento do uso do solo urbano podem causar muitos prejuízos, pois a inexistência de uma política habitacional direciona aqueles que estão à margem da sociedade, ou seja, populações de baixa renda e que não tem acesso a recursos, a ocupar as áreas frágeis e vulneráveis como encostas e áreas próximas as margens de rios, por exemplo, consideradas de potencial risco quanto à ocorrência de desastres. Conclui-se que se faz necessário o mapeamento dessas áreas para subsidiar o planejamento do uso do solo, fornecendo informações e orientações do meio físico para os mapeamentos de risco a serem realizados nos municípios. O maior conhecimento das condições de vulnerabilidades e das áreas de risco otimiza a gestão do risco, auxiliando nas rotas de fuga e trajetos alternativos para ambulância.
Monografia postada em 9 de março de 2020

MUDANÇAS TEMPORAIS NA COMUNIDADE BENTÔNICA DA PRAIA VERMELHA, BAÍA DA ILHA GRANDE, APÓS A INVASÃO DE SANSIBIA SP. (OCTOCORALLIA, XENIIDAE)

CURSO: Gestão Ambiental / DATA DE DEFESA: 12/2019
AUTOR: Lécio de Carvalho Junior / ORIENTADOR: Leonardo Mitrano Neves
RESUMO
As comunidades bentônicas de ambientes recifais têm mudado drasticamente em escalas temporais devido a diversos distúrbios naturais (e.g. temperatura, salinidade e hidrodinâmica) e antrópicos (e.g. sobrepesca, poluição, introdução de espécies exóticas). Tais distúrbios promovem alterações na dinâmica e estrutura das comunidades, especialmente por influenciarem processos ecológicos como a predação, competição por recursos e recrutamento. O estabelecimento de espécies exóticas têm sido uma das principais fontes de variação na estrutura da comunidade bentônica de recifes em diversas regiões do mundo. O objetivo do presente estudo foi investigar as mudanças temporais na composição e estrutura da comunidade bentônica do recife rochoso da Praia Vermelha, baía da Ilha Grande, contrastando dois períodos distintos (2011 e 2017). Além disso, foi avaliada a influência do octocoral invasor Sansibia sp. sobre a comunidade bentônica em 2017. Fotoquadrados foram realizados no recife rochoso da praia Vermelha para obtenção de dados da porcentagem de cobertura de organismos bentônicos nos dois períodos (2011 e 2017) e duas zonas, na área rasa do recife (raso) e na região próxima ao substrato arenoso (interface). A variação na composição e estrutura da comunidade bentônica foi avaliada através da análise multivariada permutacional da variância (PERMANOVA). A comunidade bentônica da praia Vermelha variou entre os dois períodos, principalmente devido ao aparecimento de Sansibia sp. (PERMANOVA, p < 0,001). As matrizes de algas epilíticas (MAE) foram o grupo mais dominante em todo estudo, com porcentagens de cobertura superiores à 67% no primeiro período (2011) e > 30% no segundo (2017). Entretanto, os resultados deste estudo indicam que a expansão de Sansibia sp. ocorreu preferencialmente sobre áreas cobertas por MAE. Sansibia sp. demonstrou ser um excepcional concorrente por espaço, possuindo mecanismos de competição determinantes para seu estabelecimento no recife da Praia Vermelha. A cobertura de Sansibia é maior na interface do que no raso, o que pode estar associado a maior cobertura de Palythoa caribaeroum na área mais rasa, um zoantídeo que possui efeitos alelopáticos, beneficiando-se na competição por substrato no recife. Tais resultados apontam para a necessidade da elaboração de um plano de remoção de Sansibia sp. no recife rochoso da praia Vermelha e de programas de monitoramento em longo prazo das comunidades bentônicas da região.
Monografia postada em 9 de março de 2020

IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PROVOCADOS PELO ROMPIMENTO DE BARRAGENS DE CONTENÇÃO DE REJEITOS DE MINERAÇÃO NO ESTADO DE MINAS GERAIS

CURSO: Gestão Ambiental / DATA DE DEFESA: 12/2019
AUTOR: Julia de Azevedo Oliveira / ORIENTADOR: FÁBIO SOUTO DE ALMEIDA
RESUMO
Os recentes rompimentos de barragens de contenção de rejeitos de mineração no Estado de Minas Gerais, nos anos de 2015 (barragem de Fundão, em Mariana) e 2019 (barragem de Brumadinho), provocaram alterações expressivas no meio físico, biológico e socioeconômico, que alcançaram elevada extensão geográfica. Assim, a presente monografia teve o objetivo de avaliar os impactos socioambientais causados pelo rompimento dessas barragens. Para a coleta de informações sobre os eventos de rompimento de barragens de rejeitos estudados, foi realizada a revisão bibliográfica, sendo listadas as alterações ambientais constatadas e previstas. Também foram sugeridas medidas mitigadoras corretivas para os impactos desses eventos em específico e medidas preventivas para futuros empreendimentos similares. Dentre os impactos sobre o meio físico, pode-se constatar a degradação da qualidade da água, o assoreamento dos cursos d’água, a alteração da vazão dos rios e a degradação da paisagem. No meio biológico observou-se a destruição de áreas de reprodução de peixes e áreas berçários, a alteração de processos ecológicos, redução de populações bióticas, redução da área coberta por vegetação nativa nas margens dos rios, redução da biodiversidade, com possível extinção de espécies. No meio socioeconômico houve o comprometimento do estoque pesqueiro, impossibilidade do uso da água de rios para abastecimento rural e urbano, perda de vidas humanas, redução da disponibilidade de emprego, redução da renda, aumento da incidência de doenças e prejuízos para a economia local. Para minimizar os impactos ocorridos, sugere-se o reflorestamento das áreas que tiveram a vegetação suprimida, o apoio institucional aos cidadãos das áreas diretamente afetadas pelo desastre, o incentivo ás atividades econômicas locais, com a busca de alternativas às atividades comprometidas pelo desastre, elaboração de estudos sobre a fauna e flora afetadas, com posterior aplicação de medidas de proteção às espécies negativamente afetadas. Para evitar futuros acidentes de rompimento de barragens ou minimizar os danos causados, indica-se a construção das barragens de rejeitos com tecnologias que gerem menor risco de rompimento, a escolha da localização geográfica mais segura, a execução de estudos que permitam conhecer adequadamente as características do local onde a barragem será construída e a presença de outra barragem em uma cota abaixo da barragem de rejeitos, o treinamento da população da área que pode sofrer os impactos do rompimento e um sistema de alerta de rompimento eficiente e com baixa probabilidade de falha. Pode-se concluir que os impactos ambientais dos eventos de rompimento de barragens de rejeitos estudados foram expressivos, diversificados e de elevada magnitude. Algumas ações sugeridas podem reduzir a magnitude das alterações ambientais após o rompimento, contudo as ações preventivas são prioritárias.
Monografia postada em 9 de março de 2020

Unidade Regional de Governo Centro, município de Nova Iguaçu/RJ: crescimento urbano e impactos ambientais.

CURSO: Gestão Ambiental / DATA DE DEFESA: 12/2019
AUTOR: Lizandra dos Santos Nunes / ORIENTADOR: Julianne Alvim Milward de Azevedo
RESUMO
Os impactos socioambientais que assolam as cidades estão diretamente interligados aos processos de urbanização, desta maneira é importante analisar e compreender o contexto histórico que narra o nascimento das cidades. O presente trabalho teve por objetivo analisar o processo de evolução urbana do bairro Centro, localizado na Unidade Regional de Governo - Centro, situada no município de Nova Iguaçu na Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro. Com vista à compreensão da evolução do uso e ocupação do solo, desde o surgimento do território, século XVIII até os dias atuais, passando por diversos contextos políticos e históricos, alterações climáticas e avanços tecnológicos. Sob as perspectivas sociais, culturais, econômicas e ambientais, a transformação do território de área rural para área urbana, em um curto espaço de tempo, sem nenhum estudo ambiental, análise de riscos ou planejamento urbano. Foram descritos os impactos ambientais e sociais, e a ausência de políticas públicas. O estudo realizado se caracteriza pelo seu caráter exploratório e analítico descritivo. Quanto aos processos de investigação tem-se a realização da pesquisa bibliográfica, documental, de campo, além de ser um estudo de caso. Constatou-se que o bairro apresenta diversos atrativos culturais e potencial econômico. Conclui-se que o processo de urbanização do município devido à falta de estudos urbanísticos, o descarte incorreto dos resíduos, a degradação e poluição do ambiente, a redução das áreas verdes, a falta de conhecimento da população de seus diretos e deveres, provocaram diversos impactos ambientas e sociais.
Monografia postada em 9 de março de 2020

JUSTIÇA AMBIENTAL VERSUS DESENVOLVIMENTO: PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS MORADORES DE TRÊS RIOS – RJ

CURSO: Gestão Ambiental / DATA DE DEFESA: 12/2019
AUTOR: Maurício Correia Batista Júnior / ORIENTADOR: Alexandre Ferreira Lopes
RESUMO
Os espaços urbanos podem ser compreendidos como a projeção de relações socioeconômicas. Entende-se que o direcionamento de danos ambientais advindos de atividades produtivas tem uma preferência a certos grupos sociais, historicamente marginalizados. Assim, o objetivo do trabalho foi analisar a percepção ambiental dos moradores do bairro Habitat, no município de Três Rios – RJ, enquanto atores sociais atingidos por impactos socioambientais provenientes dos setores público e privado. O município de Três Rios, localizado na região Centro Sul do Estado do Rio de Janeiro, passa por um processo intenso de industrialização impulsionado pelo poder público local através da Lei Estadual no 4533/2005 e da Lei Municipal no 3346/2009. Além da geração de empregos e renda à cidade, as estratégias utilizadas para atrair os empreendimentos foram corroborados pela localização estratégica que a cidade possui. O Habitat, objeto de estudo deste trabalho, é um bairro caracterizado por suas habitações sociais construídas e disponibilizadas pelo Poder Público e pelo número significativo de empreendimentos instalados no seu território. O método utilizado para coleta de dados foi a entrevista semiestruturada e a técnica de amostragem aplicada foi o snowball sampling. Para responder as questões propostas no trabalho, também foi solicitado acesso às licenças ambientais emitidas no município ao órgão ambiental responsável. Dados secundários como legislações municipais, reportagens locais, bibliografias sobre a área e sites institucionais também foram consultados. Foram entrevistados quatro indivíduos, que residem no bairro há mais de 10 anos e, assim, conseguiram acompanhar o processo de implementação do distrito industrial. As informações solicitadas à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agricultura não foram disponibilizadas até o fechamento do trabalho. Após a chegada dos empreendimentos ao bairro, foram percebidas de maneira positiva pelos voluntários as mudanças na infraestrutura urbana e as oportunidades de emprego que as fábricas traziam consigo. Contudo, foi relatado que há uma marginalização dos moradores por parte das empresas, que não empregam os moradores do bairro. O bairro possui uma imagem estigmatizada de local violento, que é rejeitada pelos moradores. Os moradores recebem as pressões socioambientais dos empreendimentos, mas não são contemplados com os benefícios socioeconômicos da industrialização. Com exceção do transporte público, são percebidas diversas carências no acesso aos serviços públicos, o que reforça a dicotomia centro-periferia. Apesar dos relatos anteriores, os voluntários consideram que o bairro é amparado pelo poder público. No que se refere às melhorias demandadas pelos moradores é possível destacar como a maior demanda a construção de uma escola de ensino fundamental no bairro. É preciso que haja implementação de programas de EA crítica nas comunidades que estão nas áreas de influência dos empreendimentos como parte obrigatória do processo de licenciamento ambiental. O fortalecimento dos processos de gestão participativa e dos espaços públicos democráticos também deve ser considerado, de modo a minimizar os danos socioambientais gerados no processo produtivo.
Monografia postada em 9 de março de 2020

EXTENSÃO RURAL AGROECOLÓGICA – ERA, e as Demandas do Movimento Agroecológico Feirinha da Rural em Três Rios, RJ

CURSO: Gestão Ambiental / DATA DE DEFESA: 12/2019
AUTOR: Fátima Trombini / ORIENTADOR: ANA PAULA PERROTA FRANCO
RESUMO
A produção de base agroecológica vem se expandindo no Brasil, de forma geral, e na microrregião de Três Rios em particular, impulsionada por uma demanda crescente de mercado, que valoriza os produtos livres de agrotóxicos. O presente trabalho apresenta uma abordagem a respeito de aspectos teóricos e conceituais sobre os preceitos e fundamentos da Extensão Rural Agroecológica (ERA) e de como eles podem contribuir para as demandas dos agricultores familiares, integrantes do Movimento Agroecológico Feirinha da Rural, de Três Rios, RJ. Este trabalho, consistiu em uma pesquisa dos aspectos conceituais, de caráter descritivo e exploratório, seguindo três estágios: levantamento bibliográfico e documental; levantamento de dados, tanto de natureza quantitativa como qualitativa; e o resgate de memórias e experiências, através do uso da autoetnografia, como método complementar para essa pesquisa, favorecendo o reconhecimento e a inclusão da experiência do sujeito pesquisador. Esse fenômeno vem sendo registrado na última década na microrregião de Três Rios, a partir de iniciativas em Paraíba do Sul, que se expandiram pelos demais municípios da região, como Areal, Comendador Levy Gasparian e Três Rios. A agroecologia se contrapõe aos paradigmas da agricultura convencional e integra a agricultura familiar, promovendo o desenvolvimento rural sustentável e contribuindo para novas relações sociais e econômicas. A extensão rural agroecológica se apresenta como uma importante ferramenta, objetivando identificar e atender as principais necessidades dos agricultores familiares, desde a produção até a comercialização, apontando os principais gargalos enfrentados. Neste cenário, a extensão rural agroecológica – ERA, pode contribuir para os agricultores familiares que adotam a agroecologia como modelo de produção, norteando suas relações.
Monografia postada em 9 de março de 2020

ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL RAINHA DAS ÁGUAS DO MUNICÍPIO DE PARAÍBA DO SUL: DIAGNÓSTICO AMBIENTAL E ATIVIDADES DE MANEJO

CURSO: Gestão Ambiental / DATA DE DEFESA: 12/2019
AUTOR: Mayke do Couto Lima / ORIENTADORES: FÁBIO SOUTO DE ALMEIDA e Sady Júnior Martins da Costa de Menezes
RESUMO
O consumo exagerado de recursos naturais e a sua degradação põem em risco a perenidade dos bens naturais essenciais à humanidade, sendo as atividades humanas as principais ameaças à adequada qualidade ambiental. Além disso, a redução da diversidade biológica é outro sério problema, que ameaça os processos ecológicos. No Município de Paraíba do Sul, Estado do Rio de Janeiro, foi criada a Área de Proteção Ambiental Rainha das Águas (APA Rainha das Águas), com a intenção de fomentar o desenvolvimento sustentável. Contudo, essa unidade de conservação não possui plano de manejo, o que dificulta o alcance dos seus objetivos. Nesse sentido, o presente trabalho tem o objetivo que realizar o diagnóstico ambiental da APA Rainha das Águas e apontar seus problemas e potencialidades, visando embasar o seu futuro plano de manejo. Para tal, foi realizada uma revisão bibliográfica com intuito de obter informações sobre as características da APA Rainha das Águas, sobre as contingências relacionadas ao manejo de unidades de conservação da natureza e a respeito de programas de manejo para unidades de conservação. Também foram realizadas a análise de imagens aéreas e atividades de campo para registro das características da APA, levantamento de contingências e potencialidades, sendo inclusive obtidas informações na Secretaria Municipal do Ambiente e Desenvolvimento Agrário do município. Dentre os principais problemas identificados para a gestão da APA estão o desmatamento, com a perda e isolamento das florestas, a caça, a pesca predatória e a coleta de plantas nativas, as construções em locais inapropriados, a agropecuária e a silvicultura realizadas de forma imprópria, a poluição por efluentes líquidos, a introdução de espécies exóticas, a falta de conhecimento da população sobre a APA e a escassez de recursos financeiros. Dentre as ações de manejo que podem ser realizadas, tendo em vista os problemas identificados, estão os reflorestamentos, a fiscalização, o planejamento ambiental, o estímulo à adoção de policultivos e práticas agroecológicas, o tratamento de efluentes, informar a população sobre a APA e suas potencialidades, utilização do valor arrecadado com ICMS Ecológico, da compensação ambiental e de produtos e serviços da APA na gestão da unidade. A educação ambiental deve ser amplamente utilizada para minimizar vários problemas identificados. Como potencialidades da APA, cita-se o turismo histórico, ecológico e rural. Cabe ressaltar a importância da proteção do rio Paraíba do Sul, que é essencial para o abastecimento público e para conservação da biodiversidade. Assim, existem diversas contingências para que a APA alcance os seus objetivos, contudo a partir da implementação dos programas de manejo necessários, a APA Rainha das Águas pode colaborar efetivamente para o desenvolvimento sustentável do município de Paraíba do Sul.
Monografia postada em 9 de março de 2020

PROMOÇÃO DA PRESERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE POR MEIO DO USO PÚBLICO: RESGATE HISTÓRICO E CULTURAL DA APA BEMPOSTA COM VISTA AO DESENVOLVIMENTO LOCAL

CURSO: Gestão Ambiental / DATA DE DEFESA: 12/2019
AUTOR: Karolyne Victor Martins Leite / ORIENTADOR: Julianne Alvim Milward de Azevedo
RESUMO
Este estudo tem como propósito levantar dados e gerar informações do espaço delimitado pela Área de Preservação Ambiental (APA) Bemposta, localizada no distrito de mesmo nome no município de Três Rios, situado na região Centro-Sul Fluminense do estado do Rio de Janeiro, bem como levantar potencialidades quanto ao seu uso público visando o desenvolvimento local. Isso com vista a compreender o espaço da área protegida, de grande beleza cênica, quanto às suas relações produtivas e sua interação com o meio ambiente e sua gente, com o resgate histórico e cultural. A pesquisa quanto aos fins foi feita de forma exploratória, descritiva. Quanto aos meios de investigação a pesquisa foi de campo, documental e um estudo de caso. Destaca-se o uso da história oral como ferramenta para o resgate da memória local. Pretende-se com a efetivação do estudo fornecer informações para o desenvolvimento de programas de proteção da unidade de conservação, por meio do envolvimento da comunidade local através do uso público, com especial atenção ao ecoturismo gerando assim, o desenvolvimento local. Conclui-se que a APA Bemposta, como grande parte do Vale do Paraíba, passou por um período histórico da cultura cafeeira em que apresentou uma significante quantidade de fazendas históricas na região. Assim, deixando um importante legado em relação ao seu patrimônio histórico. Ainda, foi observado através das entrevistas o grande potencial ecoturístico da APA Bemposta visto que o distrito recebe muitos visitantes em períodos festivos, além de contar com a existência de uma cachoeira no local. Portanto, o uso público pode ser utilizado como ferramenta para auxiliar na preservação da APA, além de ser uma fonte de geração de renda para a população, gerando assim, o desenvolvimento local.
Monografia postada em 15 de julho de 2019

Estudo sobre o Uso Público no Parque Natural Municipal de Três Rios, RJ

CURSO: Gestão Ambiental / DATA DE DEFESA: 06/2019
AUTOR: Caio de Souza Soares / ORIENTADOR: Julianne Alvim Milward de Azevedo
RESUMO
O atual modelo econômico hegemônico vem exercendo cada vez mais pressão sobre os recursos naturais existentes no planeta. Com o intuito de conservar as áreas naturais em todo o território brasileiro foi instaurada a Lei no 9.985, de julho de 2000, que instituiu no Brasil o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), que tem dentre os seus objetivos a conservação da variedade de espécies e dos recursos genéticos no território nacional, a promoção da interpretação e a educação ambiental, e a promoção do desenvolvimento sustentável. No entanto, somente a criação das Unidades de Conservação (UCs) não garante a conservação dos ecossistemas naturais, sendo necessário um acompanhamento frequente da manutenção e do manejo desse espaço para que ocorra a conservação da diversidade biológica e dos recursos naturais.. O uso público deve servir como elemento de gestão de uma área protegida, haja vista a adoção de técnicas que minimizem os possíveis impactos como, por exemplo, manejo de visitação e o monitoramento de impactos. O dimensionamento inadequado pode resultar em perdas para o meio ambiente. O estudo teve como enfoque o Parque Natural Municipal de Três Rios (PNMTR), UC gerida pela esfera municipal, localizado no município de Três Rios, região Centro-Sul Fluminense pertencente ao estado do Rio de Janeiro. O trabalho consiste na compreensão do uso público dado pelos frequentadores e visitantes do PNMTR, com especial atenção as demandas quanto ao uso dos equipamentos e de seu espaço. Para a efetivação dessa pesquisa, quanto aos fins ela é exploratória e descritiva. Quanto aos meios de investigação a pesquisa é documental, bibliográfica, estudo de caso e pesquisa de campo. Foram preenchidos na pesquisa de campo 203 questionários pelos frequentadores e visitantes no momento em que se encontravam no Parque, no desenvolvimento de suas atividades. Conclui-se que o perfil dos visitantes e frequentadores do PNMTR é dado por homens e mulheres, na faixa etária entre 31 a 50 anos, em sua maioria tendo completado a formação básica. O principal motivo que leva os visitantes e frequentadores a utilizarem o Parque é a busca por atividades físicas, e uma melhora na qualidade de vida. Dentre as atividades mais realizadas pelos usuários estão: uso da trilha para caminhadas (40%), contemplação do espaço (16%), academia (15%), deslocamento para outras localidades (11%) e acompanhar os filhos(a) ou netos(a) no parque infantil (9%). Também foi constatado que os visitantes e frequentadores possuíam percepções gerais sobre o que são UCs, tendo em vista que 31,03% dos usuários declaram não saber o que essas áreas são. Embora existam demandas acerca da infraestrutura e a segurança no local, de forma geral, os usuários do PNMTR se sentem satisfeitos com o uso público no Parque. As informações geradas por esse estudo podem possibilitar subsídios aos gestores dessa UC, bem como a outras de mesma categoria, com vista à ampliação da conscientização ambiental de seus usuários, por meio do uso público dessa área protegida.
Monografia postada em 15 de julho de 2019

PROGRAMA CONSERVANDO RIOS: A VISÃO DOS MORADORES SOBRE O DESCARTE DE ÓLEO VEGETAL RESIDUAL E OS BENEFÍCIOS DO PROGRAMA PARA MUDANÇA SOCIAL LOCAL – CAMPO GRANDE (CONJUNTO DA MARINHA), RIO DE JANEIRO

CURSO: Gestão Ambiental / DATA DE DEFESA: 06/2019
AUTOR: Marcelle de Oliveira Dias / ORIENTADOR: Alexandre Ferreira Lopes
RESUMO
"
Os problemas existentes entre as milhões de pessoas que são residentes em meio urbano possuem total ligação com os impactos ambientais decorrentes dessas aglomerações, por isso, programas e iniciativas estão sendo criadas no Rio de Janeiro (RJ) como também em todo o mundo, com o objetivo de inserir a população em assuntos ambientais, alterando a mudança de hábitos e contribuindo para fomentar a discussão sobre educação ambiental e desenvolvimento sustentável. Um dos impactos é referente a gestão dos resíduos, em especial o óleo vegetal doméstico, na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) do Brasil é mencionado sobre o descarte do óleo vegetal realizado pelas residências e estabelecimentos comerciais. Pesquisas apontam que do total produzido no Brasil, apenas 1% é reutilizado e o restante é descartado nos solos, corpos d’água, redes coletoras de esgoto ou misturados com outros resíduos nos aterros sanitários, podendo assim, impactar o meio ambiente. Para entender como é realizado o descarte e o conhecimento de uma amostra da população no bairro de Campo Grande (Conjunto da Marinha), foi aplicado um questionário contendo 10 perguntas discursivas. As respostas obtidas deram embasamento para a pesquisa e as devidas análises qualitativas e quantitativas. Além disso, foram abordadas questões relacionadas ao programa Conservando Rios, como a partir da visão dos moradores este programa poderia trazer ainda mais benefícios para a população."
Monografia postada em 15 de julho de 2019

DESAFIOS E POTENCIALIDADES DO USO PÚBLICO NA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DO SANA, MACAÉ/ RJ

CURSO: Gestão Ambiental / DATA DE DEFESA: 06/2019
AUTOR: Tomás Carnaval de Oliveira Brod / ORIENTADOR: Julianne Alvim Milward de Azevedo
RESUMO
O presente projeto de pesquisa tem como objetivo analisar os desafios e as potencialidades do uso público da Área de Proteção Ambiental do Sana, localizado em Macaé, Estado do Rio de Janeiro, Brasil. A análise dos desafios foi realizada através da pesquisa histórica dos aspectos sociais, econômicos e ambientais da região e como tais aspectos estão dispostos atualmente. As potencialidades da unidade foram examinadas pela visitação ao local e comparadas com documentos, principalmente no que tange o uso público e a resolução de impasses entre atores sociais, disponibilizados pelo governo federal. O aumento significativo de turistas à região, nas últimas décadas, ocasionou uma série de conflitos e impasses que foram destacados e analisados. O trabalho tem caráter descritivo e investigativo e foi realizado in loco procurando fazer o levantamento e averiguar a procedência das questões mais prementes. Além das diversas visitações à área foi acessada uma ampla bibliografia sobre a região e com foco na solução dos impasses verificados. Foi diagnosticada a presença de conflitos entre diferentes atores sociais locais e o poder público, marcado principalmente pela ausência de intervenções e investimentos no distrito. Pode-se concluir que tal aspecto representa, na atualidade, a principal origem dos problemas verificados. A unidade de conservação do Sana apresenta maior desenvolvimento turístico quando comparada às regiões próximas e demais áreas de proteção ambiental semelhantes no Estado, embora apresente condições insatisfatórias em relação à administração e ao gerenciamento. Ainda que a região mantenha um relativo crescimento econômico em torno dos atrativos naturais, pode-se constatar que caso não ocorra uma mudança na forma de gestão, conflitos existentes poderão ser agravados atingindo de forma direta o meio ambiente e aqueles que dependem diretamente do fluxo turístico. O trabalho propôs, ainda, a remediação de tais impasses através de mecanismos e procedimentos disponibilizados pelo governo federal.
Monografia postada em 15 de julho de 2019

AVERIGUAÇÃO DO CONHECIMENTO ETNOBOTÂNICO NA COMUNIDADE RURAL DO BREJAL, DISTRITO DE POSSE, PETRÓPOLIS, RIO DE JANEIRO

CURSO: Gestão Ambiental / DATA DE DEFESA: 06/2019
AUTOR: Bruna Benazi Vieira / ORIENTADOR: Michaele Alvim Milward de Azevedo
RESUMO
A etnobotânica evidencia-se nos estudos científicos em virtude do vínculo entre a sabedoria popular e a ciência, abrangendo o conhecimento tradicional étnico e cultural, ligado ao uso de plantas medicinais e alimentícias. As comunidades rurais destacam-se por possuírem um relevante saber associado às plantas, tendo em vista a sua geração de renda apoiada na comercialização dos recursos ambientais. Este trabalho tem como objetivo contribuir para o conhecimento da diversidade de alimentícias, medicinais e alimentícias não convencionais em 15 propriedades rurais de produtos orgânicos do Brejal, no distrito de Posse, Petrópolis, Rio de Janeiro, fornecendo dados para a conservação através do manejo e uso sustentado dos recursos. Para a seleção de informantes foi utilizada a técnica de rede, conhecida como “Amostragem Bola de Neve”. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas por meio de roteiro com perguntas pré-elaboradas. As espécies de plantas medicinais e alimentícias foram coletadas, fotografadas e identificadas. Foram calculados a densidade e frequência das espécies nas lavouras. Uma matriz de presença e ausência foi utilizada para avaliar as relações de similaridade. Os 22 informantes citaram 186 espécies presentes em suas lavouras pertencentes a 53 famílias botânicas, sendo 185 medicinais e 65 plantas alimentícias não convencionais. As famílias Asteraceae (27 spp.), Lamiaceae (23 spp.) e Brassicaceae (13 spp.) destacaram-se com maior número de representantes. A folha é a parte mais utilizada para os preparos. Foram citadas 30 espécies obtidas através do extrativismo no entorno das propriedades, sendo a parte mais utilizada a casca do caule. Em relação às espécies obtidas no entorno das propriedades por meio do extrativismo, a família Fabaceae destacou-se com o maior número de espécies (5 spp.). O incentivo do poder público para produção e comercialização de plantas medicinais e alimentícias não convencionais ainda é precário, apesar de existir entidades que proporcionam cursos para os agricultores. O turismo rural na comunidade apresenta-se como propulsor do conhecimento dos turistas sobre os vegetais, além de proporcionar a percepção do manejo orgânico. Na comunidade estudada, a biodiversidade não é ameaçada devido aos sistemas produtivos orgânicos, devido a ausência de agrotóxicos, promovendo a segurança alimentar e nutricional. As plantas medicinais e PANC estão vinculadas ao sistema produtivo orgânico, estimulando seu manejo e introdução do uso medicinal e nutricional.
Monografia postada em 15 de julho de 2019

ARBORIZAÇÃO URBANA NO MUNICÍPIO DE TRÊS RIOS, RJ

CURSO: Gestão Ambiental / DATA DE DEFESA: 06/2019
AUTOR: Izabela Cristina Moreira Moraes / ORIENTADOR: Michaele Alvim Milward de Azevedo
RESUMO
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O processo de urbanização se encontra cada vez mais crescente, aliado a este contínuo desenvolvimento é perceptível a ocorrência de extremas modificações na paisagem natural. Com isso, torna-se cada vez mais emergente a necessidade de implementação de áreas verdes nos espaços públicos. Por este motivo, a arborização urbana das vias públicas é uma estratégia utilizada para minimizar tais problemas, acarretados pela urbanização. A Arborização Urbana é composta pela cobertura vegetal de porte arbóreo existente na cidade, sendo encontrada em parques, ruas, logradouros, avenidas, praças, e demais espaços públicos. A recomendação é que se utilizem espécies de porte adequado e espécies nativas, pois as espécies nativas promovem a atração da avifauna local, e a introdução de espécies exóticas invasoras pode resultar na invasão biológica. A cidade de Três Rios, no estado do Rio de Janeiro, apresenta um elevado processo de desenvolvimento, principalmente de suas áreas urbanas. Considerada como uma cidade empreendedora, sua área urbana necessita de um planejamento adequado para estar em equilíbrio com o meio ambiente e garantir uma boa qualidade de vida para seus habitantes. O trabalho teve como objetivo contribuir para o conhecimento da diversidade de árvores utilizadas na arborização urbana do município de Três Rios, Rio de Janeiro, caracterizando de forma quantitativa e qualitativa a arborização das vias públicas. O levantamento florístico da arborização urbana foi realizado entre setembro de 2018 e maio de 2019, em cinco bairros Cantagalo, Centro, Nova Niterói, Palmital e Triângulo. O levantamento das informações qualitativas dos indivíduos arbóreos foi realizado a partir das seguintes informações: espécie, família, CAP, altura total, altura da primeira ramificação, tamanho da copa, largura da calçada, largura da rua e interferência nos elementos urbanos. As espécies foram categorizadas de acordo com as procedências geográficas. Os parâmetros fitossociológicos e o índice de diversidade de espécies foram calculados. Foram amostrados 452 indivíduos pertencentes a 19 famílias e 45 espécies arbustivas e arbóreas em que 62% são exóticas do Brasil e 38% são nativas, destas, quatro não ocorrem no bioma Mata Atlântica. As famílias Fabaceae e Malvaceae apresentam-se com o maior número de espécies. Pode-se concluir que a cidade de Três Rios não possui um planejamento urbano que aborde a arborização, visto que o inventário demonstrou uma grande proporção de espécies exóticas com muitos indivíduos que sobrepõe à proporção de espécies nativas. Outro fator que também demonstra a falta de planejamento foi à incompatibilidade com as estruturas urbanas, como pavimento e rede elétrica, onde grande parte dos indivíduos arbóreos encontraram-se em conflito, oferecendo riscos à população."
Monografia postada em 15 de julho de 2019

DEGRADAÇÃO DO RIO PARAÍBA DO SUL NO MUNICÍPIO DE TRÊS RIOS: CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

CURSO: Gestão Ambiental / DATA DE DEFESA: 06/2019
AUTOR: Luã Cunha Alves / ORIENTADORES: FÁBIO SOUTO DE ALMEIDA e Fabíola de Sampaio Rodrigues Grazinoli Garrido
RESUMO
O rio Paraíba do Sul apresenta relevante importância para o abastecimento de água e para a geração de energia para a população do Estado do Rio de Janeiro, possuindo ainda expressiva biodiversidade associada. Assim, o presente trabalho teve o objetivo de estudar a degradação do rio Paraíba do Sul no município de Três Rios-RJ, indicando as causas e consequências das alterações ambientais. Para tal, foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre as causas e consequências das alterações ambientais relacionadas aos cursos d’água e sobre as principais atividades antrópicas fontes de impactos ambientais presentes no município de Três Rios. Além disso, foram realizadas atividades de campo para identificar os impactos ambientais relevantes associados ao rio, tendo sido ainda utilizadas a matriz de interações e a rede de interações na previsão dos impactos. Foram identificadas diversas causas de degradação ambiental relacionadas ao rio Paraíba do Sul em Três Rios, incluindo o desmatamento, o lançamento de efluentes líquidos, a geração de resíduos sólidos, as construções irregulares, a urbanização e impermeabilização do solo, as hidrelétricas, a sobrepesca e as queimadas. As atividades antrópicas causam, por exemplo, o aumento da erosão do solo, a alteração da qualidade da água do rio e o seu assoreamento, alterações nas comunidades bióticas associadas ao rio e a degradação da paisagem. Os impactos sobre a socioeconomia incluem a redução da disponibilidade de água potável para consumo humano, a redução do pescado, o aumento da incidência de doenças, o aumento da probabilidade da ocorrência de alagamentos e inundações e efeitos negativos sobre as atividades recreativas. Assim, são necessárias ações para minimizar a degradação ambiental associada ao rio, como a fiscalização, o tratamento de efluentes líquidos, a redução da geração de resíduos sólidos e a sua correta destinação e a utilização da educação ambiental para conscientizar e sensibilizar a população para a necessidade da conservação do rio Paraíba do Sul.
Monografia postada em 15 de julho de 2019

LICENCIAMENTO AMBIENTAL: UMA ANÁLISE DOS PARÂMETROS DE CONTROLE AMBIENTAL NOS MUNICÍPIOS DE TRÊS RIOS/RJ E PARAÍBA DO SUL/RJ

CURSO: Gestão Ambiental / DATA DE DEFESA: 06/2019
AUTOR: JÚLIA RIBEIRO MACIEL / ORIENTADOR: THAIS ALVES GALLO ANDRADE
RESUMO
A industrialização acelerada e a expansão urbana têm ocasionado intensas preocupações sobre as consequências de diversas atividades ao meio ambiente e a sociedade. Diante deste cenário, mecanismos de controle ambiental se tornam vitais para a garantia da qualidade ambiental. O licenciamento ambiental mostra-se como instrumento para atingir esta finalidade, através da regulação da exploração dos recursos naturais e controle das atividades potencialmente poluidoras. O objetivo desta pesquisa foi realizar estudos dos aspectos ambientais de dez atividades, de baixo e médio potencial poluidor nos municípios de Três Rios/RJ e Paraíba do Sul/RJ, a fim de comparar com as exigências das secretarias de meio ambiente de ambos os municípios e verificar se os parâmetros utilizados para análise ambiental possibilitam o controle dos impactos negativos das mesmas e a melhoria da qualidade ambiental. Para a seleção das atividades foi realizada uma pesquisa bibliográfica. Após o levantamento inicial, as incursões a campo foram realizadas a fim de evidenciar os aspectos ambientais relevantes das atividades selecionadas em atendimento às normas ambientais. O estudo demostrou que em diferentes processos produtivos da mesma atividade, o enquadramento de potencial poluidor permanece o mesmo, quando aplicada as resoluções do INEA utilizada pelos dois municípios. Foi evidenciado que em relação à compreensão do potencial poluidor do empreendimento, a metodologia adaptada utilizada nesta pesquisa conseguiu trazer uma abordagem mais próxima à realidade do empreendimento por considerar outros parâmetros relacionados ao processo produtivo além dos utilizados nas resoluções INEA.
Monografia postada em 15 de julho de 2019

CENÁRIO DO USO DOS RECURSOS HÍDRICOS SUBTERRÂNEOS NA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO PIABANHA (RH-IV)

CURSO: Gestão Ambiental / DATA DE DEFESA: 06/2019
AUTOR: Yasmin Martins de Albuquerque / ORIENTADORES: Olga Venimar de Oliveira Gomes e Guilherme Alves Cardoso Moreira
RESUMO
Com o desenvolvimento econômico e o crescimento populacional, houve um aumento considerável da demanda por água, e por consequência, a intensificação dos cenários de conflito entre usuários de recursos hídricos em todo mundo. Apesar de ser a água superficial a mais consumida pela população brasileira, em se tratando de exploração de recurso natural no subsolo, a água subterrânea é o bem mais extraído. O recurso hídrico subterrâneo, por estar presente no subsolo, apresenta uma complexa atuação no ciclo hidrológico, o que gera dificuldades para o seu monitoramento, diagnóstico e gestão. Neste cenário, os estudos referentes a esse recurso ainda são incipientes. A Outorga de Direito de Usos de Recursos Hídricos é um instrumento previsto na Política Estadual de Recursos Hídricos, mediante o qual o poder público autoriza o uso do recurso pelo outorgado. O objetivo deste estudo compreendeu a realização do diagnóstico do uso da água subterrânea outorgada e cadastrada na Região Hidrográfica do Piabanha (RH-IV). Para isso, foram utilizadas como fontes bases de análises e consistência dos dados: a base de dados da Gerência de Licenciamento de Recursos Hídricos (GELIRH) do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), do Comitê Piabanha, além de averiguações no sistema de licenciamento do INEA. Foram contabilizados 297 poços de captação de água subterrânea na RH-IV, destes 121 são poços outorgados (usos significantes) e 176 são poços de uso insignificante, que constam no Cadastro Nacional de Usuários de Recursos Hídricos (CNARH). Para a Região Hidrográfica do Piabanha, as captações outorgadas contabilizaram uma retirada em torno de 5.000.000 m3/ano. No que concerne a retirada da água subterrânea para usos insignificantes cadastrados, estes apresentaram 15 vezes menor que as captações outorgadas. As porções sudoeste, central e sul da RH-IV compreenderam as regiões em que as águas subterrâneas são mais exploradas, correspondendo principalmente aos municípios de Petrópolis e Teresópolis. As explorações predominam nos aquíferos fissurais. As finalidades mais representativas para captações outorgadas foram industriais e os usos industriais com consumo humano, principalmente, para a produção de bebidas. Já para captações de categoria insignificantes, os usos verificados foram múltiplos. Essa pesquisa apresenta um diagnóstico do uso das águas subterrâneas de uma relevante unidade territorial ambiental do estado do Rio de Janeiro, localizada na região centro-sul, baseando- se em captações declaradas aos órgãos públicos. Entretanto, sabe-se que o cenário exploratório brasileiro desse recurso é bem maior, tendo em vista o quantitativo de poços de captação de água subterrânea não declarado.
Monografia postada em 15 de julho de 2019

PLANEJAMENTO, IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO DE GASODUTOS: IMPACTOS AMBIENTAIS E MEDIDAS MITIGADORAS

CURSO: Gestão Ambiental / DATA DE DEFESA: 06/2019
AUTOR: Sara Bianco / ORIENTADOR: FÁBIO SOUTO DE ALMEIDA
RESUMO
Com o crescimento populacional amplia-se a demanda por energia, sendo as fontes não renováveis, como o gás natural, as mais utilizadas. A sua distribuição é feita através dos gasodutos, que são empreendimentos comuns atualmente no Brasil, inclusive nas regiões Sul e Sudeste. Este trabalho teve como objetivo estudar os impactos ambientais provocados por gasodutos no Brasil, analisando suas causas e efeitos. As informações foram retiradas de dez Estudos de Impacto Ambiental produzidos para atender as exigências relativas ao licenciamento ambiental de implantação e operação de gasodutos no Brasil. Foram listados os impactos ambientais previstos para as fases de planejamento, implantação e operação de gasodutos, agrupados em meio físico, biótico e socioeconômico. Também foram obtidas a natureza (impactos negativos ou positivos) e a magnitude dos impactos, que é classificada em pequena, média ou grande. Também foi definida a sua frequência absoluta e relativa. Foram identificados 82 impactos ambientais, sendo eles, 43 socioeconômicos, 29 físicos e dez bióticos, 63 de natureza negativa, 17 positivos e dois com as duas naturezas. Em relação à magnitude, 25 foram classificados como de pequena magnitude, 30 como de média, 14 como de grande e 30 foram classificados como de mais de uma magnitude. Na fase de implantação foram encontrados 61 impactos ambientais, no planejamento 14 impactos e na operação foram observadas 44 alterações ambientais diferentes. Os gasodutos provocam um número maior de impactos ambientais negativos que positivos, sendo o meio socioeconômico e o meio físico os mais afetados. Dentre as fases do empreendimento, a de implantação foi a que mais apresentou impactos ambientais. Para que esses impactos negativos não provoquem expressiva degradação ambiental, são recomendadas nos Estudos de Impacto Ambiental diversas medidas mitigadoras, incluindo ações preventivas e corretivas, para diminuir a degradação ambiental causada pelos gasodutos.