CONTAMINAÇÃO INVISÍVEL: USO DE AGROTÓXICOS E DESCARTE DE EMBALAGENS NA MICRORREGIÃO DE MIGUEL PEREIRA E PATY DO ALFERES

Postado em 9 de março de 2020   -   Tempo de leitura: 0 min.   -   Ver mais Monografias dos discentes do Campus Três Rios  
AUTOR
Lorye de Araujo Melo
ORIENTADOR
Fabíola de Sampaio Rodrigues Grazinoli Garrido
RESUMO
No Brasil, há incentivos ao uso de agrotóxicos no contexto econômico atual. No entanto, ignoram-se os impactos das substâncias - doravante tratadas como pesticidas -sobre os recursos naturais. O homem está presente no contexto da produção agrícola que sustenta o país, e sofre os primeiros impactos das substâncias sintéticas empregadas na manutenção da lavoura-foi exatamente a primeira motivação para propor o presente estudo. Não se tratou apenas de um estudo quantitativo, mas pretendeu-se relacionar o comportamento de produtores das regiões de Paty do Alferes e de Miguel Pereira aos impactos na saúde com o uso de pesticidas. Originalmente, são regiões conhecidas pela produção de tomate, uma Solanaceae extremamente susceptível ao ataque de fungos, bactérias e insetos quando cultivada como monocultura. O objetivo geral deste estudo foi examinar o panorama do uso de pesticidas nos municípios de Miguel Pereira e Paty do Alferes, bem como avaliar o descarte de embalagens através da análise de grupos focais. Os resultados obtidos podem viabilizar trabalhos e pesquisas futuras nas regiões citadas e corroborar com a conscientização sobre os riscos que o uso de agrotóxicos pode acarretar para a biodiversidade de fauna e flora e também para a saúde pública. Trabalhou-se com grupos focais, com pesquisa de opinião sobre o uso de agrotóxicos e destinação dos resíduos da lavoura convencional. A partir do estudo, percebeu-se correlação entre a escolaridade do produtor e o manuseio correto e menos deletério das substâncias pesticidas. Alguns produtores expuseram a necessidade de diversificação de culturas para sobrevivência de suas propriedades, tendo em vista a impossibilidade de aquisição de doses crescentes de agrotóxicos para a cultura do tomate. As embalagens da maioria das propriedades visitadas são descartadas de forma incorreta. De modo geral, sem a devida orientação técnica, não percebem a contaminação do aquífero pelo uso de agrotóxicos e estão sujeitos às doenças do sistema nervoso central e podem bioacumular contaminantes.



MONOGRAFIA



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