LEVANTAMENTO DA BASE CARTOGRÁFICA PÚBLICA E GRATUITA NA ELABORAÇÃO E ANÁLISE DOS MAPAS DE SUSCETIBILIDADE A MOVIMENTOS DE MASSA/DESLIZAMENTOS EM TRÊS RIOS/RJ.
Postado em 9 de março de 2020 -
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Monografias dos discentes do Campus Três Rios
AUTOR
Beatriz Fonseca Pinheiro
ORIENTADOR
Sady Júnior Martins da Costa de Menezes
A erosão do solo e a degradação da terra são problemas globais. O solo do Brasil é considerado muito suscetível aos eventos de deslizamento, e as condições climáticas marcadas por verões de chuvas intensas, em regiões de grandes maciços montanhosos, agravam ainda mais estes eventos de deslizamentos. Nos centros urbanos os movimentos de massa têm tomado proporções catastróficas, devido as atividades humanas como cortes em talude, aterros, depósitos de lixo, modificações na drenagem, desmatamentos, entre outras, que vem ocasionando o aumento da vulnerabilidade das encostas para a formação desses processos. Em janeiro de 2019 por conta da chuva, sete pessoas ficaram desalojadas na cidade de Três Rios, duas casas foram atingidas e, em uma delas, a parede de alvenaria desmoronou. Dados oriundos da Prefeitura indicam que até o mês de junho deste ano tínhamos registrados 101 riscos de desabamentos. E em consulta ao S2iD - Sistema Integrado de Informações sobre Desastres - foi verificado ocorrência de deslizamento para o ano de 2007 no município, afetando 1054 pessoas. O trabalho tem como objetivo elaborar por meio de dados digitais gratuitos e públicos os mapas de suscetibilidade a esses eventos para a área urbana de Três Rios/RJ, contribuindo para uma melhor gestão de risco no município. Para a elaboração dos mapas foi utilizada a Base Cartográfica Vetorial Contínua do Estado do RJ na escala 1:25.000 do IBGE e os dados do Serviço Geológico do Brasil - CPRM. Para o processamento, elaboração e análise dos dados foram utilizados os recursos de um Sistema de Informação Geográfica – SIG. Ao analisar os mapas elaborados, foi possível identificar que o município de Três Rios apresenta zonas propícias a ocorrência destes eventos, onde temos os riscos associados à escala de elevada, média e baixa de 10,30% e 35,83% e 53,86%, respectivamente. Motivado pela baixa cobertura vegetal encontrada no município, relevo e tipo de solo. A falta de políticas públicas visando o planejamento do uso do solo urbano podem causar muitos prejuízos, pois a inexistência de uma política habitacional direciona aqueles que estão à margem da sociedade, ou seja, populações de baixa renda e que não tem acesso a recursos, a ocupar as áreas frágeis e vulneráveis como encostas e áreas próximas as margens de rios, por exemplo, consideradas de potencial risco quanto à ocorrência de desastres. Conclui-se que se faz necessário o mapeamento dessas áreas para subsidiar o planejamento do uso do solo, fornecendo informações e orientações do meio físico para os mapeamentos de risco a serem realizados nos municípios. O maior conhecimento das condições de vulnerabilidades e das áreas de risco otimiza a gestão do risco, auxiliando nas rotas de fuga e trajetos alternativos para ambulância.
MONOGRAFIA
TAMANHO
3.178,08kb
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DATA DE ENVIO
09/03/2020 12:24
09/03/2020 12:24