FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLOGIA EM MATA RIPÁRIA COMO INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO E CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE EM TRÊS RIOS, RJ
Postado em 27 de setembro de 2017 -
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Monografias dos discentes do Campus Três Rios
AUTOR
Helder Marcos Nunes Candido
ORIENTADORES
Michaele Alvim Milward de Azevedo
Erika Cortines
Erika Cortines
A Mata Atlântica é a segunda maior floresta tropical das Américas e abriga a mais populosa e desenvolvida região do país. O Rio Paraíba do Sul é um dos mais importantes do bioma. A cidade de Três Rios passa por intenso crescimento econômico, no entanto, planos de ação e controle ambiental são pouco efetuados pela administração pública. A mata ciliar exerce importante papel no que se refere ao controle da erosão em margens de rios. A eliminação da vegetação ripária pode ter como consequência a aceleração dos processos erosivos. Estudos sobre a composição florística e a estrutura fitossociológica das formações florestais são importantes instrumentos de planejamento, sendo primordiais em ações de conservação da natureza, recuperação de áreas degradadas e gestão da paisagem. O trabalho teve como objetivo realizar o inventário florístico e fitossociológico da vegetação ripária do Rio Paraíba do Sul em área urbana na cidade de Três Rios, Rio de Janeiro e comparar sua composição com outras áreas. Foram realizadas coletas entre setembro de 2012 e maio de 2014. O índice de similaridade foi calculado no FITOPAC II utilizando o método de agrupamento pelas médias não ponderadas (UPGMA). O índice de diversidade para as espécies arbóreas foi calculado pelo “Coeficiente de Mistura de Jentsch (QM)”. Foram inventariadas 122 espécies (90 gêneros) incluindo arbóreas, herbáceas, arbustivas e trepadeiras em uma área de 8,09 ha. O total de indivíduos arbóreos foi de 999 e a densidade foi de 123,48 indivíduos arbóreos/ha. As famílias com maior riqueza foram: Fabaceace (27 espécies); Bignoniaceae, Convolvulaceae e Euphorbiaceae (6 espécies); Asteraceae e Malvaceae (5 espécies). As duas espécies mais abundantes foram: Croton urucurana Baill. (156 indivíduos) e Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit (129 indivíduos), sendo a primeira nativa e a segunda exótica invasora. A baixa diversidade (QM de 0,068, ou 1:14) e similaridade de espécies entre a área de estudo e outros trechos do rio Paraíba do Sul indica o alto grau de perturbação da área. O estrato arbóreo apresentou uma média de altura (7,39 m) e diâmetro à altura do peito (14,53 cm) que indicam um estágio sucessional inicial para médio. Conclui-se que a área necessita de um enriquecimento com espécies nativas para que haja a recuperação da vegetação ripária e manutenção dos processos ecológicos e serviços ambientais.
MONOGRAFIA
TAMANHO
4.969,80kb
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DATA DE ENVIO
01/10/2018 14:43
01/10/2018 14:43