EFICÁCIA DE GESTÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO MUNICIPAIS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: ESTUDO DE CASO NOS MUNICÍPIOS DE TRÊS RIOS E TERESÓPOLIS
Postado em 22 de janeiro de 2018 -
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Monografias dos discentes do Campus Três Rios
AUTOR
Ana Paula Ferreira Santos da Costa
ORIENTADORES
Julianne Alvim Milward de Azevedo
Luis Cláudio Meirelles de Medeiros
Luis Cláudio Meirelles de Medeiros
Com vista à proteção e conservação dos ecossistemas, no Brasil e no mundo, a iniciativa de criação de áreas protegidas tem-se tornado recorrente. No Brasil, essas áreas são representadas e reconhecidas mais facilmente por Unidades de Conservação (UCs). Em virtude do crescimento expressivo dessas áreas ao longo dos anos e a compreensão de que a boa gestão é fundamental para manutenção da biodiversidade, regulação dos recursos abióticos e proteção histórico-cultural quando for o caso, surgiram modelos para avaliação e medição da eficácia de gestão das UCs. Este trabalho tem como objetivo avaliar a gestão das unidades de conservação municipais dos municípios de Três Rios e de Teresópolis, situados no estado do Rio de Janeiro, região Sudeste brasileira, com o propósito de investigar os aspectos positivos e negativos de gestão dessa esfera governamental, por meio da mensuração de sua eficácia. O método de avaliação escolhido para esse trabalho foi o Evaluación del Manejo de Areas Protegidas (EMAP), desenvolvido pelo pesquisador brasileiro, Helder Faria (2004). A pesquisa consistiu na aplicação de questionário e entrevista semiestruturada com os gestores responsáveis pelas UCs dos dois municípios, visita em campo e tabulação dos dados em planilha do Excel para definir o quadro de porcentagem dos indicadores da matriz de cenário e quadro geral das UCs. O município de Três Rios possui seis UCs municipais enquanto Teresópolis atualmente possui apenas uma. No total foram avaliados seis âmbitos, 29 variáveis e 34 subvariáveis para cada município. Na análise geral da eficácia os dois municípios apresentaram índice de médio para baixo. Três Rios apresentou menor percentual de eficácia de gestão, com 42,35%, caracterizando-se como uma qualidade de gestão ‘Precária’. Já Teresópolis mostrou um percentual um pouco mais elevado com 59,69%, representando uma melhor situação de gestão municipal, caracterizada como ‘Razoavelmente Satisfatória’. O único município que pode ter suas UCs consideradas como ‘unidades de papel’ é o de Três Rios, pois as mesmas, de forma geral, ainda não foram implantadas. Para o município de Três Rios o estudo identificou que os problemas mais sérios para a gestão de suas UCs estão nos âmbitos ‘Programas de Manejo’ (25%) e, ‘Conhecimentos’ (33,3%). Em contrapartida o âmbito Politico-Legal apresenta o maior percentual (58,3%). Inversamente aos resultados do município de Três Rios, em Teresópolis o estudo identificou como mais eficaz o âmbito ‘Programas de Manejo’ (68,6%). Seguidamente o outro âmbito com maior percentual é o ‘Qualidade do Recurso Protegido’ (67,9%). Já como ponto fraco o município apresenta o menor percentual no âmbito ‘Administrativo’ (49%). O único âmbito que apresentou o mesmo percentual para os dois municípios foi o ‘Politico-Legal’ (58,3%). No geral, as dificuldades dos dois municípios se assemelham, sendo os dois fatores problemáticos que mais permearam em quase todos os âmbitos a deficiência orçamentária e de pessoal. Pode-se concluir que a medição da eficácia de manejo é uma ferramenta útil para a gestão, porém é apenas parte do caminho que os gestores responsáveis devem percorrer para a excelência. Desse modo, além dos municípios estudados, espera-se que esta pesquisa possa contribuir para o aprimoramento da gestão das UCs municipais, sobretudo do estado do Rio de Janeiro.
MONOGRAFIA
TAMANHO
2.207,52kb
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DATA DE ENVIO
01/10/2018 14:43
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