EFETIVIDADE DA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE TAMOIOS, BAÍA DA ILHA GRANDE – RJ, PARA POPULAÇÕES DE PEIXES DA FAMÍLIA EPINEPHELIDAE

Postado em 28 de setembro de 2017   -   Tempo de leitura: 0 min.   -   Ver mais Monografias dos discentes do Campus Três Rios  
AUTOR
Marina Sant’Anna Carvalho de Souza
ORIENTADOR
LEONARDO MITRANO NEVES
RESUMO
Espécies alvo da pesca são utilizadas como indicadores da efetividade de áreas marinhas protegidas. Em ambientes recifais, garoupas e badejos constituem os principais recursos pescados, com maiores densidades e biomassas frequentemente encontradas dentro dos limites das reservas. O objetivo deste estudo foi investigar a influência da Estação Ecológica de Tamoios (ESEC – Tamoios) para a proteção de duas espécies de peixes da família Epinephelidae (Epinephelus marginatus e Mycteroperca acutirostris), considerando também a variação natural dos habitats. A importância relativa de variáveis antropogênicas (distância da costa, população da cidade mais próxima e área marinha protegida – AMP), da cobertura bêntica (matriz de algas epilíticas, algas frondosas e zoantídeos), bem como da complexidade topográfica e profundidade foi investigada em vinte e dois recifes da Baía da Ilha Grande (BIG), sendo seis realizados dentro dos limites da ESEC – Tamoios. Nenhum efeito da proteção da AMP foi observado para os Epinefelídeos. A variação espacial da abundância de E. marginatus foi principalmente influenciada pelas algas frondosas e distância da costa, que explicaram 13,5% e 18,8% da variação total, respectivamente, seguida pela profundidade (6,4%) e complexidade topográfica (5,1%), de acordo com o modelo linear baseado em distância. Para M. acutirostris, a cobertura de zoantídeos foi o preditor mais importante, explicando (14,5%) do total da variação, seguido da profundidade 11%, população das cidades mais próximas (8,9%) e distância da costa (6,0%). Um total de quatro preditores também foram selecionados por melhor explicarem a biomassa de Epinephelidae na BIG. A distância da costa foi mais importante para E. marginatus, explicando (11,9%) da variação da biomassa, seguido de algas frondosas (8,9%) e profundidade (5,2%). Para M. acutirostris, o preditor mais importante foi a profundidade (13,8%), seguido da distância da costa (12,4%) e por último zoantídeos (9,1%). Costões rochosos mais distantes da costa (>10 km) e das cidades mais povoadas, com maior complexidade topográfica e profundidade (>6 m) foram associados às maiores abundancias das duas espécies na BIG. Estes resultados apontam para a necessidade do aumento da fiscalização e monitoramento das áreas mais próximas à costa pertencentes à ESEC-Tamoios.



MONOGRAFIA



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