PROPOSIÇÕES DO MÉTODO ESQUIZOANALÍTICO COMO INTERVENÇÃO NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Postado em 18 de julho de 2018 -
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Monografias dos discentes do Campus Três Rios
AUTOR
Marcella Vieira da Silva Ramos
ORIENTADOR
Irapoan Nogueira Filho
As preocupações com o meio ambiente surgiram em maior evidência na década de 1960, quando implodiram outros vários movimentos por melhores condições de vida: estudantes, trabalhadores, pretos, mulheres, homossexuais. Após esse período, já na década de 1970, Guattari e Deleuze se conhecem e ambos iniciam um trabalho conjunto em contraposição à Psicanálise. Visto que ela gira em torno de representações edipianas – isto é, representações familiares. E assume que estas mesmas representações familiares constituem todo cenário psíquico. Desta maneira, anulando o inconsciente como produção, tomando-o como um teatro de representação. O que também descarta as potencialidades que vem do desejo, do qual a Psicanálise tenta reprimir. Formulando a proposta da Esquizoanálise, eles propõem o inconsciente como uma usina, em constante produção. Isso requer entender a subjetividade enquanto multiplicidade, em constante transformação – somos, portanto, resultado de todas as nossas interações com o meio, isto é, com outra subjetividade – multiplicidade, com a própria natureza e os tantos mundos. Na prática educativa significa que o educador não deve atribuir para si, a função de transferir conhecimento e sim, criar estratégias para a real produção de regimes de aprendizagem, a partir da produção da subjetividade. Possibilitando um aprendizado enquanto produção de novos regimes de si e de mundo, além de dar voz e autonomia para que se reconheçam como sujeito de conhecimento e mudança. A presente monografia busca realizar proposições para a Educação Ambiental, a partir da perspectiva da Esquizoanálise. Propõe-se, para este exercício, uma análise do estudo do caso da dissertação de mestrado de João Silva. Esta dissertação parte da análise de uma mobilização comunitária no Morro dos Prazeres, Rio de Janeiro, no ano de 2010 (pós-desastre de deslizamento de sedimentos que ocasionou a morte de trinta e quatro pessoas). Depois do acidente foi preciso uma mobilização, ou implicaria na retirada dos moradores por parte da Prefeitura, mostrando como o próprio Estado é o maior responsável pela invizibilização e silenciamento dos corpos – sobretudo nas favelas e nos bairros periféricos. Como resultado, foi possível perceber neste caso uma possibilidade de Educação Ambiental atrelada à intervenção e mobilização comunitária, gerando resultados efetivos – em uma perspectiva local, mas que se expande, pois nesse processo cria-se mobilizadores sociais, expandindo-se em outros territórios.
MONOGRAFIA
TAMANHO
867,86kb
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DATA DE ENVIO
01/10/2018 14:43
01/10/2018 14:43
ARQUIVO
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