REGENERAÇÃO ESPONTÂNEA DE HANDROANTHUS OCHRACEUS (CHAM.) MATTOS (BIGNONIACEAE) EM UMA MICROBACIA AFETADA POR QUEIMADA NO MÉDIO VALE DO RIO PARAÍBA DO SUL, RJ

Postado em 28 de setembro de 2017   -   Tempo de leitura: 0 min.   -   Ver mais Monografias dos discentes do Campus Três Rios  
AUTOR
Naiara Torres dos Santos
ORIENTADORES
Erika Cortines
FÁBIO SOUTO DE ALMEIDA
RESUMO
A área de estudo está localizada no Médio Vale do Rio Paraíba do Sul, na qual enfrenta dificuldade de gestão em suas bacias, dando ênfase em estudos relacionados à recuperação de áreas degradadas. Sua região é caracterizada pelo verão úmido e quente; inverno seco e frio, época do ano em que o número de queimadas nos pastos aumenta, tendo como justificativa a limpeza de pastoreios. Tem em seu histórico o uso do solo para o cultivo do café e cana-de-açúcar, sendo substituído posteriormente pela pecuária extensiva, deixando os solos bastante degradados, em consequência do retrocesso ambiental ocorrido no bioma Mata Atlântica. Está localizada no Estado do Rio de Janeiro, no município de Vassouras, distrito de Andrade Pinto (lat 22º 14’ 25.23’’S e long 43º 25’ 1,91’’ O), na região do Médio Vale do Rio Paraíba do Sul. Para avaliarmos se o ambiente permanece estável após as perturbações citadas, o projeto teve como objetivo amostrar se a espécie arbórea Handroanthus ochraceus (Cham.) Mattos, comumente encontrada em ambientes inóspitos, pode ter sua regeneração espontânea afetada pela passagem do fogo. Tendo em vista que a espécie é nativa do bioma Cerrado e em alguns Estados que compõe a Mata Atlântica, a espécie poderá recriar a integridade biológica do ecossistema alterado. A coleta foi realizada no mês de julho de 2013. Como metodologia, foi utilizada uma fita métrica para medir 5 parcelas de 10x10 metros, em um raio de aproximadamente, 5 metros até a drenagem mais próxima da microbacia. Anotaram-se a altura e o diâmetro do colo das plântulas em regeneração situadas na parcela. As variáveis foram divididas em classes para o cálculo da frequência absoluta e após, foi realizado o Teste do Qui-Quadrado, comparando-as. Foram encontrados 133 indivíduos, sendo 76 indivíduos não queimados e 57 queimados. A altura variou entre 0,40m e 3,17m e o diâmetro alternou entre 0,4 cm e 13,98cm. De acordo com os testes estatísticos, a distribuição de frequência da altura das plantas não queimadas é significativamente diferente das plantas queimadas, tendo como mesmo resultado o diâmetro. Assim entende-se que, as plantas adultas não interrompem seu desenvolvimento com a passagem do fogo, dispersando suas sementes e iniciando o processo de restauração ecológica. O H. ochraceus se adapta às condições de estresse cometidas por ações antrópicas e naturais através das adaptações morfofisiológicas responsáveis pela resistência, regeneração e sobrevivência da população após a passagem das queimadas. A espécie apresenta função de colonizadora inicial, fazendo-se necessário um investimento na produção de mudas das espécies, impulsionando assim, processos de recuperação em pastagens no Médio Vale do Paraíba do Sul.



MONOGRAFIA



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