LEVANTAMENTO DE FOCOS DE INCÊNDIOS EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Postado em 28 de setembro de 2017 -
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Monografias dos discentes do Campus Três Rios
AUTOR
Ramon Zanardi Nunes
ORIENTADOR
FÁBIO SOUTO DE ALMEIDA
O presente trabalho teve como objetivo estudar a ocorrência de focos de incêndio em unidades de conservação federais no Estado do Rio de Janeiro. Os dados foram obtidos através do sistema de monitoramento de queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais-INPE. Obteve-se o número de focos de calor identificados por satélite em cada mês do ano nas áreas das unidades de conservação federais presentes no Estado do Rio de Janeiro, no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2015. Foram localizados 2.023 focos de calor nas unidades de conservação federais no Estado do Rio de Janeiro, o que equivale a 126,44 focos por ano. Dentre as unidades de conservação do Grupo de Proteção Integral, a que apresentou o maior número de focos de calor foi a Rebio Poço das Antas, seguida do Parna da Serra dos Órgãos, do Parna Itatiaia e da Rebio do Tinguá. Por outro lado, na MONA das Ilhas Cagarras não foram observados incêndios nos anos avaliados. Entre as unidades de conservação de Uso Sustentável, a APA da Serra da Mantiqueira foi a que apresentou o maior número de focos de calor, seguida da APA da Bacia do Rio São João/Mico-Leão-Dourado e da APA de Petrópolis. Nenhum incêndio foi observado na RESEX Marinha de Arraial do Cabo. Em geral, agosto, setembro e outubro foram os meses com maior número de focos de incêndio. O tamanho da área ocupada pela unidade de conservação foi a variável que mais influenciou o número de focos de incêndio detectados, explicando significativamente 49,02% da variação no número de incêndios. Quando inseridas no mesmo modelo matemático, o tamanho da área ocupada pela unidade de conservação, sua localização e grupo explicaram 65,50% da variação do número de focos de incêndio. Tendo em vista os resultados, pode-se verificar que um grande número de focos de incêndio ocorre em diversas unidades de conservação federias no Estado do Rio de Janeiro. Assim, cabe aos gestores dessas unidades de conservação tomar as medidas cabíveis para reduzir a ocorrência e propagação dos incêndios nas áreas protegidas.
MONOGRAFIA
TAMANHO
831,96kb
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DATA DE ENVIO
01/10/2018 14:42
01/10/2018 14:42