ANÁLISE DOS DIFERENTES TIPOS DE COBERTURA E USO DA TERRA NA RESERVA BIOLÓGICA ESTADUAL DE ARARAS E MONUMENTO NATURAL ESTADUAL DA SERRA DA MARIA COMPRIDA – PETRÓPOLIS/RJ
Postado em 28 de março de 2025 -
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Monografias dos discentes do Campus Três Rios
AUTOR
Henrique Vieira de Castro Carlos Ferreira
ORIENTADOR
SADY JÚNIOR MARTINS DA COSTA DE MENEZES
O desmatamento para expansão e implantação de atividades agropecuárias, o avanço da urbanização e a especulação imobiliária emergem como os principais impulsionadores das mudanças espaço-temporais no uso e cobertura da terra no bioma Mata Atlântica. Essas práticas ligadas ao uso da terra têm transformado paisagens naturais em ambientes antropizados. Compreender essa dinâmica por meio de técnicas avançadas de geoprocessamento e sensoriamento remoto é essencial, destacando-se como uma ferramenta de suma importância para a análise espacial dessas transformações. Os dados obtidos são cruciais para aprimorar a gestão territorial das unidades de conservação e respaldar estratégias preventivas e de reconhecimento. O objetivo deste estudo foi analisar e compilar dados de Cobertura e Uso da Terra da plataforma MapBiomas (Coleção 8) ao longo da série histórica (1985-2022) nos Territórios das Unidades de Conservação de Proteção Integral da Reserva Biológica Estadual de Araras e Monumento Natural Estadual da Serra da Maria Comprida no município de Petrópolis, Rio de Janeiro, Brasil. Na metodologia, foram utilizados softwares de Sistema de Informação Geográfica, com os dados importados e análises conduzidas por meio de Plugins de Código Aberto no QGIS. Posteriormente, foram realizadas análises utilizando o LecoS para cálculos de área e porcentagem da paisagem, e o SCP para avaliar a evolução do Uso da Terra e suas mudanças temporais nos anos de 1985, 1995, 2005, 2015 e 2022. Os principais resultados para a RBA mostram que, ao longo de 37 anos, aproximadamente 71 hectares (ha) de formação florestal foram convertidos para classes antrópicas, enquanto 120 ha passaram por regeneração vegetal, e 3.570 ha permaneceram inalterados, sendo o maior índice de desmatamento na porção oeste. Na sua zona de amortecimento, 4.426 ha permaneceram inalterados, 178 ha de formação florestal foram desmatados, e 589 ha passaram por regeneração. No território do MONAMSC, 6.502 ha permaneceram inalterados, 292 ha foram desmatados, e houve uma regeneração da vegetação de 628 ha. Para a zona de amortecimento gerada para o MONAMSC, 10.898 ha permaneceram inalterados, 640 ha de floresta foram convertidos para classes antrópicas, e 1.959 ha passaram por regeneração vegetal. Em conclusão, os resultados podem apoiar estratégias de gestão preventivas para identificar e reduzir a ocorrência dos desmatamentos que ocorrem nas Unidades de Conservação. Os resultados mostraram quais são a espacialização das áreas desmatadas, sua extensão e proporção, bem como se estão inseridas em propriedades cadastradas no CAR, identificando um possível avanço destas áreas.
MONOGRAFIA
TAMANHO
5.699,83kb
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DATA DE ENVIO
28/03/2025 12:58
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