RECONFIGURAÇÕES LABORAIS: PERCEPÇÕES DA GERAÇÃO Z ACERCA DA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO

A geração Z, composta por jovens nascidos entre meados dos anos 1990 e início dos anos 2010, está entrando no mercado de trabalho em um contexto de rápida evolução tecnológica e significativas mudanças sociais e econômicas. Nesse âmbito, a literatura aponta para uma precarização do trabalho que configura-se de maneira camuflada na sociedade contemporânea, permeada por um discurso de flexibilidade. Sendo assim, este estudo buscou compreender as percepções da geração Z acerca da precarização do trabalho. Para tanto, utilizou-se a metodologia qualitativa, a fim de captar as subjetividades de cada entrevistado por meio de entrevistas semiestruturadas. Para a análise de dados, adotou-se a análise de conteúdo. A posteriori, os dados foram aglomerados nas seguintes categorias: Perfil da geração Z, Os Sentidos do Trabalho para a Geração Z, O Jovem da Geração Z e o Mercado de Trabalho (Motivação e Expectativas) e Desafios e Estratégias de Enfrentamento. Como principais resultados da pesquisa, obteve-se que a precarização é camuflada por discursos de flexibilidade e inovação enquanto ocorre uma falta de conhecimento acerca dos direitos trabalhistas. Além disso, notou-se insegurança devido à constante pressão por atualizações, falta de estabilidade e desconexão entre educação e mercado.