RESGATE HISTÓRICO DE ANGIOSPERMAS COLETADAS POR NATURALISTAS ENTRE OS SÉCULOS XVIII E XX NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARAÍBA DO SUL FLUMINENSE
Postado em 2 de maio de 2022 -
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Monografias dos discentes do Campus Três Rios
AUTOR
Thayná Ribeiro Bromana
ORIENTADOR
Michaele Alvim Milward de Azevedo
O interesse sobre a flora do Brasil teve início no século XVI, e a partir do século XVII, numerosos botânicos visitaram o país para estudar a flora brasileira. O desafio no conhecimento histórico da flora da bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul Fluminense é muito grande, pois se remonta em registros anteriores ao início da cultura do café, onde houve a degradação dos solos e fragmentação da vegetação do Vale do Paraíba, propiciando profundas transformações ambientais. Os dados históricos de coletas das plantas brasileiras entre os séculos XVIII e XX são de extrema importância, pois fornecem dados para estudos taxonômicos, distribuição geográfica das espécies, diversidade e conservação, além de viabilizar dados para indicação de espécies para recuperação de áreas degradadas. Este trabalho buscou realizar o levantamento e análise das espécies coletadas por naturalistas na bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul, no estado do Rio de Janeiro. O levantamento das espécies foi realizado em herbários virtuais e nas obras clássicas de Vellozo, Martius e Saint-Hilaire. Os nomes das espécies foram atualizados conforme o sistema de classificação APG IV. O estado de ameaça foi avaliado segundo os critérios estabelecidos pela IUCN, além da conferência no Anexo I da Instrução Normativa nº6 de 2008 e na Lista Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção. Os pontos de ocorrência das espécies listadas foram obtidos nos herbários virtuais contidos nos sistemas de informação Species Link e JABOT, organizados em planilhas e plotados no software Arcgis 10.2.1. Os cálculos de extensão de ocorrência (EOO) e área de ocupação (AOO) foram executados utilizando a ferramenta GeoCAT. Foram encontrados 344 táxons pertencentes à 87 famílias botânicas e 232 gêneros, 28 espécies não apresentaram grau de identificação por não terem sua nomenclatura resolvida. Cerca de 45 espécies foram desconsideradas da análise por não apresentarem ocorrência para o estado do Rio de Janeiro. Cerca de 44% das espécies são endêmicas do Brasil, 32% endêmicas da Mata Atlântica e 2,9% endêmicas do Rio de Janeiro. Atraves dos dados de AOO e EOO, quatro espécies endêmicas do Rio de Janeiro foram consideradas como ameaçadas. Das arbóreas, 27 espécies apresentam alto potencial para o uso em restauração florestal em Unidades de Conservação do Rio de Janeiro. Foram encontradas 21 espécies sob estado de ameaça sendo analisadas as espécies comprometidas tanto em território nacional, quanto no estado do Rio de Janeiro. Foram verificadas 12 espécies ocorrentes na bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul avaliadas como Dados Insuficientes (DD). Das 21 espécies consideradas sob risco de extinção, quatro não apresentaram registros de ocorrência em herbários para a área da bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul Fluminense e as demais espécies mostraram baixa distribuição geográfica pela região. Fundamentado nos pontos de ocorrências geográficas, verificou-se que 34 espécies identificadas à nível específico, não apresentaram registros de ocorrência para a bacia do rio Paraíba do Sul. Embora tenha-se analisado uma redução de habitats e de biodiversidade, a região aponta ainda uma alta diversidade biológica sendo fundamental atuações direcionadas à conservação das espécies remanescentes.
MONOGRAFIA
TAMANHO
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02/05/2022 13:14
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