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Projeto de Pesquisa – Escolha de áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade na região do Vale do Paraíba

Projeto de Pesquisa

Escolha de áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade na região do Vale do Paraíba

Coordenador: Prof. Dr. Fábio Souto de Almeida

 

Proteger as espécies e os ecossistemas existentes na Mata Atlântica se reveste de elevada importância, pelos inúmeros benefícios que proporcionam para a sociedade, mas é também um grande desafio, pois a sua área original passou de 150 milhões de hectares para aproximadamente 16 milhões de hectares, em função do desmatamento (Ribeiro et al. 2009). Apesar disso, muitas espécies de animais, plantas e outros organismos ainda habitam a Mata Atlântica, inclusive existem muitas espécies que somente são encontradas na Mata Atlântica (Myers et al. 2000).

As florestas nativas de Mata Atlântica na região do Vale do Paraíba foram grandemente reduzidas, principalmente pelos plantios de café no período colonial (Stein 1985, Dean 2002, Soares 2011). É necessária a indicação de remanescentes florestais com potencial para a manutenção da biodiversidade, além da delimitação de áreas que devem ser reflorestadas para tornar a paisagem mais adequada para a conservação das espécies e de suas interações ecológicas (Durigan et al. 2006). Sendo preciso identificar e estudar os fragmentos florestais que ainda existem no Vale do Paraíba para criar estratégias para alcançar a conservação da sua biodiversidade.

 

Objetivos

 

Identificar áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade na região do Vale do Paraíba.

 

Apontar áreas prioritárias para a implementação de corredores ecológicos, visando aumentar o fluxo gênico entre os remanescentes florestais, ou reflorestamentos que tenham por objetivo aumentar o tamanho de remanescentes e diminuir o efeito de borda.

 

Contribuir para a conservação da biodiversidade na região do Vale do Paraíba, orientando as autoridades públicas e demais seguimentos da sociedade na escolha de áreas para a criação de unidades de conservação da natureza.

 

Metodologia

 

O estudo vem sendo realizado na porção do Vale do Paraíba conhecida como Microrregião de Três Rios, que está situada no Estado do Rio de Janeiro e é composta pelos municípios de Areal, Comendador Levy Gasparian, Paraíba do Sul, Sapucaia e Três Rios (CEPERJ 2011).

Com a ajuda de imagens aéreas, cada remanescente florestal da Microrregião está sendo localizado, obtendo-se: o tamanho; a relação perímetro/área; o nível de isolamento; e a proximidade de unidades de conservação já estabelecidas.

Será realizada a amostragem da mirmecofauna (fauna de formigas) em fragmentos de florestas da Microrregião. O número de espécies de formigas será utilizado como um indicador da biodiversidade dos remanescentes florestais. Assim, parte-se do pressuposto que fragmentos florestais com maior número de espécies de formigas possuem maior biodiversidade em geral.

 

Trabalhos realizados a partir desse projeto e onde podem ser encontrados:

 

Silverio Neto, R.; Bento, M.C.; Menezes, S.J.M.C.; Almeida, F.S. Caracterização da Cobertura Florestal de Unidades de Conservação da Mata Atlântica. Floresta Ambiente, v.22, n.1. p.32-41, 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-80872015000100032&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 2179-8087.  http://dx.doi.org/10.1590/2179-8087.058013.

 

Bento, M.C. Propostas de manejo para Unidades de Conservação em função de sua cobertura florestal: estudo de caso no Município de Três Rios – RJ. 2014. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Gestão Ambiental) – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Orientador: Sady Júnior Martins da Costa de Menezes. Co-orientador: Fábio Souto de Almeida.

Disponível em: https://www.itr.ufrrj.br/portal/propostas-de-manejo-para-unidades-de-conservacao-em-funcao-de-sua-cobertura-florestal-estudo-de-caso-no-municipio-de-tres-rios-rj/

 

Silvério Neto, R. Caracterização espacial da cobertura florestal dos municípios da Microrregião de Três Rios-RJ. 2014. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Gestão Ambiental) – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Orientador: Fábio Souto de Almeida. Co-orientador: Sady Junior Martins da Costa de Menezes.

Disponível em: https://www.itr.ufrrj.br/portal/caracterizacao-espacial-da-cobertura-florestal-dos-municipios-da-microrregiao-de-tres-rios-rj/

 

Referências Bibliográficas

 

DEAN, W. A Ferro e Fogo: A História e a Devastação da Mata Atlântica Brasileira.  São Paulo: Cia das Letras, 2002. 484p.

CEPERJ – Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro. Disponível em: www.ceperj.rj.gov.br/ceep/info…/Quadro_MesoeMicrorregioes_Geograficas.XLS Acesso em: 19 junho, 2018.

MYERS, N.; MITTERMEIER, R.A.; MITTERMEIER, C.G.; FONSECA, G.A.B.; KENT, J. Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature, v.403, p.853-845, 2000.

RIBEIRO, M.C.; METZGER, J.P.; MARTENSEN, A.C.; PONZONI, F.J. & HIROTA, M.M. The Brazilian Atlantic Forest: how much is left, and how is the remaining forest distributed? Implications for conservation. Biological Conservation, v.142, p.1141-1153, 2009.

SOARES, J.C.F. Uma breve história do café na região da Vila de Resende no século XIX. Estudos “Nossa Terra, Nossa Gente.” Disponível em: <http://www.valedoparaiba.com /terragente/estudos/cafe/download.pdf>. Acesso em: 13 set. 2011.

STEIN, S.J. Vassouras: um município brasileiro do café, 1850-1900. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1985. 361p.

 






PARCEIROS e COLABORADORES
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