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Consumidor considera pilar ambiental o mais importante das ações ESG ao se relacionar com marcas
Pesquisa analisou percepção dos cientes sobre o tema; Natura, O Boticário e Samsung tiveram as melhores avaliações em ranking feito pela Lew’Lara TBWA
15/07/2023 10:59:44
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Quando o assunto são as ações de ESG (práticas ambientais, sociais e de governança, na sigla em inglês), o pilar ambiental continua sendo o mais relevante para os consumidores brasileiros na hora de se relacionar com as marcas. O resultado está na segunda edição da pesquisa ESG Consumer Index da agência de publicidade Lew’Lara/TBWA, feito em parceria com a DCode.
O levantamento analisou a percepção dos consumidores do Brasil e como eles avaliam cada um dos pilares de ESG na relação com as marcas presentes. Nesta edição, a Lew’Lara avaliou 200 marcas, com 2,5 mil respondentes de todo o País, com 18 anos ou mais e pertencentes às classes A, B e C.
A questão ambiental continua sendo a mais importante para 41% dos entrevistados na hora de escolher uma marca, enquanto 34% veem o social e 25% a governança como pilar mais relevante na relação com as companhias que eles consomem. Ainda segundo índice, a importância dada a cada um dos pilares ESG variou conforme quesitos de gênero, idade e localização dos entrevistados.
Para o especialista em marcas Luciano Deos, da GAD Consultoria, o resultado do pilar ambiental já era esperado dado o tempo de maturação da discussão na sociedade. Deos lembra que há anos o mercado discute sobre os impactos ambientais dos negócios no planeta.
Sobre o aspecto social da sigla, ele aponta que o pós-pandemia ampliou esse tipo de discussão, com os consumidores cobrando cada vez mais por posicionamentos das empresas em determinados temas. “No entanto, o ‘G’ ainda é muito difícil das pessoas entenderem, porque a governança é um tema que está nos ‘intramuros’ das companhias”, avalia.
Por se tratar de um termo introduzido inicialmente pelo mercado financeiro e anos mais tarde importado pela publicidade como uma ferramenta de marketing para os anunciantes, o significado da sigla ESG pode ser um pouco mais “abrangente” na cabeça dos clientes.
Segundo o levantamento, de modo geral, o “E” é lido como a responsabilidade ambiental nas ações ligadas ao combate às alterações climáticas, enquanto o “S” é entendido como a responsabilidade social da companhia nas ações ligadas à sociedade, a exemplo de projetos de apoio aos direitos humanos, a comunidades, e ao bem-estar dos seus clientes.
Diferentemente do significado atribuído pela “Faria Lima” — o principal centro financeiro do País —, a letra “G” não representa necessariamente para o consumidor final as preocupações das marcas com as auditorias de balanços financeiros, diversidade nos conselhos de administração, ou transparência no diálogo com os investidores, mas sim a “honestidade” com que uma determinada marca se relaciona com o público.
A vice-presidente de estratégia da Lew’Lara/TBWA Raquel Messias, explica: “As pessoas ainda não sabem o que significa todas as letras, mas elas atribuem uma responsabilidade às marcas sobre o tema”, diz.
Dados do Google Trends sobre o padrão de pesquisas na plataforma mostram um crescimento de 144% nas buscas pelo termo ESG entre 2022 e 2023, com uma disparada na curva de pesquisa sobre o assunto ao longo dos últimos anos no período pré-pandemia. De 2019 a 2023, o tema gerou mais de 147 mil menções nas redes sociais, um crescimento de 3.669% no uso do termo ESG no mundo virtual.
Cidadão Consumidor
Fonte: Estadão Conteúdo