A Constituição Federal de 1988 tornou obrigatório e dever do Estado a garantia de acesso gratuito à educação a partir da pré-escola (4 anos de idade) até o fim do ensino médio (17 anos de idade). Segundo pesquisas da organização Todos Pela Educação, o Brasil apresenta 184 mil escolas, sendo 78,5% públicas, 48,6 milhões de estudantes e 2,2 milhões de professores.

   Outro dado levantado pela organização, referente à qualidade do ensino, mostra que 60% dos jovens não tem o aprendizado adequado em língua portuguesa, a cada 100 crianças somente 45 tem aprendizado suficiente em leitura, em matemática as estimativas são ainda mais alarmantes, cerca de 9 em cada 100 alunos aprendem adequadamente a matéria.

   Ao analisarmos esses dados é notória a precariedade do ensino no Brasil, o número de pessoas analfabetas chega a quase 12 milhões, de acordo com pesquisas do IBGE. Essas pessoas se encontram em maior número na região nordeste do país, cerca de 13,9%, índice quatro vezes maior do que o encontrado nas regiões sul e sudeste, que respectivamente apresentam 3,5% e 3,6%. Já as regiões norte e centro-oeste têm taxas estimadas em 8% e 5,4%.

   Quando comparamos esses percentuais é notório que essas diferenças refletem as desigualdades regionais existentes, o nordeste é a região mais pobre do país com 25,5 milhões de pessoas em situação de pobreza. Em contrapartida as regiões com menores índices de pobreza, conseqüentemente, são as regiões com os menores índices de analfabetismo.

   Mas o que fazer para mudar esse cenário? Segundo a organização Todos Pela Educação falta uma melhor distribuição de verbas, tendo em vista que 30% da complementação da União ao Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) vão para municípios que não se encontram na lista de vulneráveis, no tempo que as redes de ensino mais pobres não recebem tal auxilio.

   A promoção da equidade no financiamento da educação é a única saída para reverter a situação desigual do país, no que tangue o acesso à educação. Melhores condições educacionais facilitam a inserção das pessoas ao mercado de trabalho, reduzindo assim a pobreza e aumentando o bem-estar da população.

Por Ana Carolina

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Reflexo da Desigualdade Regional na Educação Básica no Brasil

Uma ideia sobre “Reflexo da Desigualdade Regional na Educação Básica no Brasil

  • 23 de agosto de 2019 em 13:04
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    Parabéns, Ana Carolina! Amei o texto!

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